Na última sexta-feira (31) a programação cultural de São Cristóvão foi marcada por atrações que simbolizam o início da programação junina da cidade, como a abertura da  Exposição Santos Juninos, na Casa das Culturas Populares e o tradicional desfile das Caceteiras do Mestre Rindú pelas ruas do Centro Histórico, espalhando a cultura popular para celebrar a chegada do período junino. 

A Exposição, que vai estar disponível durante todo o mês de junho, retrata a fé em São João, São Pedro e Santo Antônio, conta a história dos santos e foi construída com materiais recicláveis, como explica Maria Glória Santos, coordenadora da Casa das Culturas Populares:

“A programação de hoje é recheada de devoção. É uma exposição que já é pontual da Casa das Culturas e trata da fé de uma comunidade. Nosso objetivo é dar visibilidade para essa festa e fazer as pessoas serem as grandes personagens”. 

Maria Glória Santos, coordenadora da Casa das Culturas Populares

A exposição é realizada desde 2017, sempre de maneira presencial, com exceção de 2020, quando em função da pandemia,  foi realizada de forma virtual. A Casa das Culturas Populares funciona de terça a domingo, das 09h às 17h.

Caceteiras percorrem as ruas levando a cultura popular

Uma tradição centenária da cidade teve um novo capítulo escrito na sexta-feira. As Caceteiras do Mestre Rindú, todos os anos, na noite do dia 31 de maio percorrem as ruas do Centro Histórico com sua dança e arte, anunciando a chegada do período junino e encantando sancristovenses e turistas, uma festa que se repetiu este ano abrindo o mês de junho na Cidade Mãe. 

O grupo se apresenta com roupas coloridas ao som da cuíca, ganzá, caixas e bumbos, promovendo cultura popular durante todo o ano e, no mês de junho, ganhando mais ênfase. As Caceteiras são homens, mulheres e crianças, que tem como principal característica a dança de roda, com ritmo percussivo e envolvente, assemelhando-se ao samba de coco. Uma das representantes do grupo é Ivonete Santos:

“Eu comecei a participar das manifestações culturais de São Cristóvão em 1999 e  estou no segundo ano com as caceteiras. Me sinto muito bem, com meus 68 anos, vivendo a arte e a cultura da cidade”.

Ivonete Santos

Toda essa festa atraiu turistas que moram em Sergipe e fora do estado, como Hildenia Oliveira, que veio com o marido de Maceió para passar o fim de semana em São Cristóvão: 

“Já acompanhamos há algum tempo a programação cultural da cidade na internet e viemos aproveitar a beleza de São Cristóvão. Sou apaixonada por cidades históricas, e ver manifestações culturais como essas faz toda a diferença. Uma cidade muito bonita, com história, cultura e boa música”, elogiou a turista. 

Hildenia Oliveira, turista

Já Harry Boersma é holandês, mas vive em Aracaju e, junto com seu amigo Uildson Exaltação, ressaltou a experiência de conhecer a Cidade Mãe: “Eu estou achando a cidade um sonho. Fiquei encantando com a beleza e tranquilidade desse lugar”. 

“Já vim outras vezes em São Cristóvão ver as manifestações culturais e hoje nos deparamos com um circuito cultural muito valioso. Vale sempre a pena vir aqui”, destacou Uildson Exaltação. 

Harry Boersma (direita) e Uildson Exaltação (esquerda)

Fotos: Heitor Xavier.