São Cristóvão celebra 436 anos de história nesta quinta-feira (1º)
O município de São Cristóvão celebra, nesta quinta-feira, 1º de janeiro, 436 anos de fundação, reafirmando seu papel histórico como berço da formação política, cultural e administrativa de Sergipe. Primeira capital do estado, a cidade carrega uma trajetória marcada pela preservação do patrimônio histórico, pela valorização da cultura e pelo compromisso permanente com o desenvolvimento e a qualidade de vida da população.
Fundada em 1590, São Cristóvão exerceu a função de capital sergipana até o ano de 1855, período em que concentrou as principais decisões políticas, administrativas e religiosas do território. Inicialmente denominada Cidade de Sergipe e, posteriormente, Cidade da Vitória, o município foi responsável por estruturar as bases institucionais do estado. A transferência da capital para Aracaju ocorreu durante a gestão do então presidente da província, Inácio Barbosa, em um contexto de reorganização administrativa e logística.
Mesmo após a mudança da sede administrativa, São Cristóvão manteve sua relevância histórica e simbólica. Em reconhecimento a esse legado, o município recebeu oficialmente o título de Cidade Mãe de Sergipe, por meio da Lei nº 8.824/2022, reforçando sua importância na formação da identidade sergipana.
O patrimônio arquitetônico e urbanístico da cidade é um dos mais importantes do país, reunindo igrejas, praças, museus e edificações coloniais que refletem diferentes períodos históricos, incluindo influências da União Ibérica e da presença holandesa. Esse conjunto faz de São Cristóvão um dos principais pólos de turismo histórico e cultural do Nordeste.
Dentro desse contexto de reconhecimento e preservação, destaca-se a Praça São Francisco, que em 2010 recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela UNESCO. Em 2025, mais especificamente no dia 1° de agosto, o local completou 15 anos dessa chancela internacional, consolidando-se como espaço de identidade e memória para o município e como um dos principais expoentes históricos e turísticos da Cidade Mãe de Sergipe.
O reconhecimento da Praça São Francisco projetou São Cristóvão nacional e internacionalmente, inserindo o município em um seleto grupo de cidades brasileiras detentoras desse título. Atualmente, apenas 15 locais ou monumentos no território brasileiro possuem o reconhecimento da UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Assim como São Cristóvão, esses municípios integram a Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM), que atua na preservação e valorização desses bens de relevância histórica.
Embora a Cidade Mãe de Sergipe seja amplamente reconhecida por sua forte historicidade, expressa ao longo de 436 anos na arquitetura dos casarões e monumentos preservados, São Cristóvão também se destaca por sua riqueza natural. O município é rodeado por sete ilhas banhadas pelo Rio Vaza-Barris, que compõem um importante cenário ambiental e paisagístico da região. Fazem parte desse conjunto a Ilha Diabreto, Ilha do Rato, Ilha da Jibóia e a Ilha Grande, além da Ilha Traipu, Ilha do Veiga e Ilha Pequena, que integram o território e reforçam a diversidade natural do município.
A cidade também se destaca por sua contribuição cultural, religiosa e popular. É terra natal de personagens que marcaram a história local e nacional, como João Nepomuceno Borges, conhecido como João Bebe Água, figura emblemática da cultura sancristovense, além de ser o local onde Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira, começou sua trajetória de fé, solidariedade e dedicação ao próximo. A Cidade Mãe de Sergipe também possui a imagem do Cristo Redentor mais antigo do país, que em 2026 completa 100 anos de existência.
Com população estimada em cerca de 100 mil habitantes, São Cristóvão segue avançando em políticas públicas voltadas à educação, saúde, infraestrutura, desenvolvimento social e valorização da cultura. O município mantém vivas suas tradições por meio de eventos consolidados, a exemplo do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc), que em 2025 completou 53 anos, sendo um dos festivais culturais mais tradicionais do Brasil.
A identidade cultural sancristovense também se expressa na gastronomia e nas manifestações populares. O biscoito Bricelet é reconhecido como patrimônio cultural imaterial, assim como grupos e expressões tradicionais que atravessam gerações, como o Samba de Coco da Ilha Grande e o Reisado do Mestre Satu, referências da cultura popular sergipana.
Para o prefeito Júlio Nascimento, ao completar 436 anos, São Cristóvão reafirma seu compromisso com a preservação da memória, o fortalecimento da cultura e a construção de um futuro pautado no desenvolvimento e na melhoria contínua da qualidade de vida da população, mantendo vivas suas raízes e fortalecendo seu papel no cenário estadual, nacional e internacional.
“São Cristóvão chega aos seus 436 anos com uma história que orgulha Sergipe e o Brasil. Somos a cidade onde tudo começou e também um município reconhecido mundialmente pelo valor do seu patrimônio histórico e cultural. Nosso compromisso é preservar esse legado, cuidar das pessoas e continuar trabalhando para que São Cristóvão avance, respeitando suas raízes e construindo um futuro cada vez melhor para todos os sancristovenses”, destacou o prefeito.
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