Fasc 2024: diversidade musical e grande público marcam o segundo dia de apresentações nos palcos João Bebe Água e Frei Santa Cecília

No segundo dia do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc), os palcos João Bebe Água e Frei Santa Cecília foram tomados por uma grande diversidade de sons e um público animado. No Palco João Bebe Água, por exemplo, a banda Serigy All-Star abriu a programação, reunindo importantes nomes do cenário musical sergipano, com estilos variados, e conquistando o público que lotou a Praça São Francisco. Já no Palco Frei Santa Cecília, outras apresentações complementaram a programação, oferecendo ainda mais opções culturais e musicais para o público presente, consolidando o festival como um espaço de celebração da música local e da rica diversidade cultural de Sergipe.

Alex Santana, idealizador do Coletivo Serigy All-Star, explicou a origem do projeto, que começou há mais de dez anos como uma coletânea para divulgar a música de Sergipe internacionalmente. “O Serigy All-Star surgiu como uma coletânea para divulgar a música de Sergipe para fora do Brasil. Com o tempo, o coletivo se transformou em uma produtora e passou a realizar diversos shows, incluindo no aniversário da cidade. E nos apresentarmos no Fasc, é sempre um momento especial para o coletivo, que reúne artistas como eu, Julico, Diane Velos; artistas como Sandy Alê, Corações Partidos, Anne Carol, Morgana, muita gente que daria para fazer um Serigy All Stars por noite, porque tem muita gente bacana", afirmou, destacando a riqueza e diversidade da cena musical local.
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Diane Veloso, atriz e cantora da Banda Corações Partidos, destacou a importância do Fasc para a música independente. "O festival é fundamental porque abre espaços para bandas que nem sempre têm visibilidade. É essencial que o público sergipano conheça a produção local e o festival sempre cumpre esse papel de valorizar o que é feito aqui, permitindo que a gente se reconheça no público e vice-versa. É a nossa terra, nosso sotaque, e essa troca é muito importante”, disse.
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A cantora Marina Lima fez uma apresentação, nterpretando grandes clássicos de sua carreira de 45 anos. A cantora expressou sua felicidade em retornar a Sergipe, destacando sua conexão com o estado e, agora, com a cidade: "Eu adorei voltar a Sergipe. Lembrei da praia, de tantas coisas daqui. São Cristóvão é linda, e o festival foi maravilhoso. Fiquei muito feliz em estar aqui, na quarta cidade mais antiga do país, que já foi a primeira capital. Agradeço pelo convite e espero voltar em outras edições”, afirmou.
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A banda Baiana System retornou a São Cristóvão, carregando memórias especiais de sua passagem pelo Fasc em 2018. Russo Passapusso destacou a profunda conexão com o público local e a importância da cidade. "São Cristóvão tem uma riqueza cultural única que nos ensina e nos conecta com o Brasil profundo. Estamos aqui não só para mostrar nossa música, mas para absorver e celebrar tudo o que essa terra e seu povo têm a oferecer." Ele expressou a felicidade da banda em fazer parte do festival, reconhecendo o impacto cultural do Fasc e a troca genuína com a cidade e seu público.

Mestre Saci, do Quilombo da Maloca, é um artista sergipano com mais de 50 anos de contribuição à educação e à cultura de matriz africana. Emocionado, ele falou sobre a importância de estar no Palco João Bebe Água, participando do show da banda BaianaSystem: “Estar aqui hoje é uma experiência única, algo mágico que realmente não tem preço. Estou imensamente feliz por fazer parte deste momento ao lado da BaianaSystem, rodeado por tanta gente querida e um público tão caloroso. Aproveito para agradecer de coração aos meus seguidores, que compartilharam, me ligaram e tornaram esse momento possível. O carinho de cada um de vocês me emocionou profundamente e fez toda a diferença”, frisou o mestre.

Encerrando a noite de forma memorável, Julico, vocalista da banda The Baggios, encantou o público e falou sobre a trajetória da banda. "A The Baggios se tornou uma atração de casa, e me sinto muito lisonjeado e grato pela visão dos gestores em apostar em uma atração local, que tem uma força cultural que representa nosso povo e nossa cultura. Este ano, a banda completa 20 anos de história, com duas décadas de música, dedicação e seriedade. Tocando nesta praça onde cresci, ao lado dos meus amigos, é um momento mágico e emocionante. Podemos dizer que é uma celebração muito especial para todos nós”, pontuou.

Palco Frei Santa Cecília
No Palco Frei Santa Cecília, a banda de rap sancristovense Nine Senses abriu a programação, conquistando o público com sua atitude e conteúdo nas composições. A banda, formada em 2012, iniciou sua trajetória com a criação de músicas e, em 2014, subiu ao seu primeiro palco. Desde então, tem se destacado nos movimentos culturais da cidade, com batalhas de rap e eventos voltados para artistas independentes. Já com uma história de 12 anos, o Nine Senses teve a oportunidade de se apresentar no Fasc em diversas edições, incluindo a de 50 anos do evento, e segue com a energia de sempre, representando São Cristóvão e sua comunidade.
“Começamos a escrever música em 2012, em 2014 tivemos nosso primeiro palco. Desde então, estamos promovendo movimentos culturais, batalhas e eventos. Em 2023, a prefeitura nos convocou para o Fasc, e estamos felizes por essa oportunidade. Nossa caminhada é de 12 anos e sempre com a energia de São Cristóvão”, disse Clay MC.
A cantora Filipe Catto entrou na sequência e deixou o público inebriado com a sua performance visceral ao interpretar a saudosa cantora Gal Costa: “Esse é um encontro especial, de chegar a novos lugares e trazer uma música que é nossa. Gal tem essa capacidade única de ser uma grande estrela, que cantou nossa história, nosso país, e todas as memórias que nos definem. É uma emoção imensa poder receber esse carinho e compartilhar essa arte com as pessoas ", pontuou a artista.
O palco Frei Santa Cecília também recebeu a banda Lamparina, que entregou uma apresentação inesquecível na última noite do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) 2024. Com uma sonoridade que transita pela música popular brasileira e ritmos latinos, o grupo incendiou o palco. O show foi um verdadeiro passeio por uma diversidade de gêneros, com o público dançando ao som de sucessos como “Não Me Entrego Pros Caretas”. A mistura de R&B, pagode baiano, reggae e canção brasileira marcou cada música, mostrando o talento e a versatilidade do grupo.
Formada por Marina (vocal), Coto Delamarque (guitarra e vocal), Calvin Delamarque (baixo), Stenio Ribeiro (guitarra), Fabiano Carvalho (percussão e efeitos) e Thiago Groove (bateria), a banda trouxe ao Fasc toda a experiência adquirida em sua trajetória desde 2016, que inclui passagens por palcos de grandes cidades e festivais nacionais.
Em seguida, Iggo Centaura subiu ao palco e transformou o Palco Frei Santa Cecília em um verdadeiro baile de pagodão. Com um repertório que mesclou composições autorais e grandes sucessos do pagodão baiano, Centaura fez o público vibrar e dançar do início ao fim.
O Descidão dos Quilombolas fechou a noite de apresentações no Palco Frei Santa Cecília com um espetáculo de força, cultura e ancestralidade. O grupo encantou o público ao unir ritmos tradicionais e contemporâneos, celebrando as raízes afro-brasileiras e a riqueza das comunidades quilombolas. O show foi marcado por canções que exaltaram a resistência e a identidade cultural. A apresentação não só colocou todo mundo para dançar, mas também emocionou com mensagens de luta e orgulho coletivo.
Público
A escritora Euler Lopes elogiou o Fasc como um festival único e fundamental, destacando sua capacidade de unir diversas linguagens culturais. "É o nosso maior festival, unindo várias expressões e sendo abraçado pela cidade e pelo povo sergipano. A programação alternativa está presente em cada canto, promovendo uma manifestação cultural viva e essencial. Acabamos de assistir ao show de Filipe Catto, que foi incrível, com uma performance energética que uniu pessoas de diferentes gerações cantando juntas. Isso é o que o Fasc representa: uma celebração de diversidade e amor”, pontuou.
Robert Silva, administrador, elogiou a programação do Fasc, destacando a excelente organização e a diversidade das atrações. “Vim ontem e gostei muito, mas hoje foi ainda mais surpreendente. A cidade está cheia, os palcos bem distribuídos, e as atrações são variadas. Chegamos um pouco tarde para o show da Marina, mas deu para aproveitar o final. Foi incrível ver o público cantando junto, e a Baiana System, como sempre, arrasando no palco ", destacou.

O fotógrafo Marcos Paixão expressou sua admiração pelo Fasc festival que o encanta e influencia desde 2018. "Foi a partir do Fasc que conheci muitas músicas que hoje fazem parte da minha discografia, como as de Afrocidade e Liniker. Baiana System, uma das minhas bandas favoritas, me emociona profundamente, e fico muito feliz que São Cristóvão tenha trazido eles de volta. O Fasc é um evento incrível, com uma programação tão diversa, e sou também fã da Anne Carol, que, junto com a Baiana System, tenho tatuado no corpo. A Line-up desse ano está maravilhosa, com artistas que não são apenas os mais populares, mas também novas descobertas, o que torna cada edição ainda mais especial”, afirmou.
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Sobre o Fasc
O Festival é organizado pela Prefeitura de São Cristóvão por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Fumctur), Villela Produções, o Ministério da Cultura e o Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura. Maratá, Estrella Galicia, Coca-Cola, Caixa Econômica Federal, Governo do Estado, Instituto Banese, MTur/Sesc, Banco do Nordeste e Correios patrocinam o evento, que também conta com o apoio da SE - Sistema Engenharia, da Colortex e da RR Conect.
Programação dos Palcos / Domingo
Palco João Bebe Água
Joba Alves (De Gonzaga a Gonzaguinha) - 19h
Arnaldo Antunes - 21h
Clinton Fearon - 23h
Don L - 01h
Palco Frei Santa Cecília
Francisco, El Hombre - 18h
Nêga Doce - 20h
Mombojó - 22h
Los Sebosos Postizos - 00h
Fotos: Heitor Xavier
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