Equipe de saúde de São Cristóvão realiza roda de conversa com marisqueiras sobre saúde das mulheres negras

Uma Roda de conversa foi realizada nesta quarta (12) junto a marisqueiras de São Cristóvão com o objetivo de debater autocuidado e saúde das mulheres negras. A atividade foi realizada com equipes de saúde do município no Alto da Divineia.
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“A idéia é que a gente comece a olhar mais para essa população, pois sabemos que em São Cristóvão a maioria da população é negra, e nada mais justo do que resgatar o cuidado dessas pessoas que por muito tempo construíram essa cidade”, afirmou Priscila Lírio, Referência Técnica para saúde integral da população negra. “Hoje o formato de roda de conversa é destinado a este primeiro encontro, um primeiro momento para que a gente conheça essas mulheres e para que possamos partir das demandas que elas trouxerem para nós’, reforça a coordenadora.
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Para a marisqueira Elisabete Santos, 29 anos, a vida na Maré não é fácil e conversar sobre saúde é algo importante para o grupo. “Comecei quando tinha 12 anos para ajuda minha mãe. Trabalhei para ajudar ela e hoje continuo marisqueira. A vida não é boa nem ruim, mas dá para ajudar. Construí minha casa através da Maré, ia para lá todos os dias e ia juntando o dinheiro para construir minha vida. Aqui agora foi muito bom porque as vezes a gente demora para ser atendido no médico , então foi muito bom ter essa conversa sobre saúde”, relatou ela.
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Marisqueira Elisabete Santos, 29 anos
Já para Ana Íris Lima, coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado (MNU), a roda de conversa com as marisqueiras requer uma reflexão ampla a partir do autocuidado dessas mulheres. “Sabemos que 99% da população de São Cristovão são de pessoas negras e que esse olhar deve ser mais voltado para a qualidade de vida dessa população. As mulheres marisqueiras fazem parte de uma comunidade tradicional e sabemos que existem políticas públicas para esta comunidade. A partir do momento que o município vem e atende um chamado dessa mulheres, ele está dizendo que quer discutir diversidade racial e quer fortalecer essas mulheres negras”, reforça.
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“O apoio para as mulheres marisqueiras é também um apoio para o turismo pois sabemos que o caranqueijo, a ostra, o sururu, o camarão, são chamarizes da população de São Cristóvão. É importante que esse apoio seja efetivado para que esse diálogo não pode parar por aqui. Que cada pessoa possa se transformar com essas mulheres e suas histórias de vida”, conclui Ana Íris Lima.
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Fotos: Heitor Xavier
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