São Cristóvão levará três experiências da saúde para reconhecimento nacional na 20ª edição da mostra “Brasil, Aqui tem SUS” 2025

Na última semana, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Cristóvão apresentou sete experiências exitosas na 6ª mostra “Sergipe, Aqui tem SUS”, realizada pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Sergipe (Cosems-SE) na sede da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Sergipe (Sems-SE). Entre elas, três foram selecionadas para competir na etapa nacional do evento, colocando a Cidade Mãe como referência brasileira em saúde pública.
As iniciativas escolhidas representarão São Cristóvão na 20ª edição da Mostra Nacional “Brasil, Aqui Tem SUS”, que será realizada de 15 a 18 de junho de 2025, em Belo Horizonte (MG), durante o XXXIX Congresso Nacional do Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems), tido como o maior do país e do mundo na área.
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De acordo com a diretora de Vigilância e Atenção em Saúde de São Cristóvão, Vanessa Meneses, os profissionais de saúde do município já têm a tradição de aproveitar a oportunidade das mostras estadual e nacional, buscando maior visibilidade para os trabalhos que são promovidos na busca incessante pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “A boa oportunidade de sair da etapa estadual para a nacional possibilita tanto a troca de experiências com outros municípios como levar as experiências bem sucedidas da saúde local para servir como exemplo”, afirmou.
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O secretário executivo do Cosems-SE, Salviano Mariz, reforçou a importância de divulgar as iniciativas que os municípios sergipanos realizam no dia a dia. “Muitos desses trabalhos são maravilhosos, mas, às vezes, os profissionais não se preocupam em registrá-los formalmente, e isso é fundamental. Todos os trabalhos inscritos vão para uma plataforma que compõe o repositório do Conasems, ficando registrados para sempre nos anais do Ministério da Saúde. Cada uma dessas experiências também concorre a um prêmio”, detalhou.
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Saúde como prioridade na Cidade Mãe
Na mostra “Sergipe, Aqui tem SUS”, 16 trabalhos sergipanos foram escolhidos para representar o estado na etapa nacional. Entre eles, São Cristóvão ficou em primeiro lugar, com a experiência intitulada “Microplanejamento e gestão da informação na Cidade Mãe: como as vozes da terra contam uma história”, apresentada pela coordenadora de Imunização do município, Ana Therezinha Marques.
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O microplanejamento em vacinação é uma metodologia que visa otimizar as atividades de vacinação no nível local, adotando uma abordagem detalhada e personalizada para cada território. Isso envolve o reconhecimento do contexto social local, a identificação do público-alvo, a definição de estratégias de vacinação adequadas e a mobilização da comunidade para garantir a adesão às campanhas de imunização.
“Esse processo impacta diretamente na população, oferecendo uma assistência de maior qualidade e um cuidado mais direcionado, especialmente nos locais que precisam de mais atenção. Com esse planejamento, conseguimos identificar, por exemplo, quais territórios tinham mais crianças com vacinas em atraso. A partir disso, foi possível intervir nesses locais, entender as vulnerabilidades e empregar mais esforços onde realmente era necessário. O trabalho destaca ainda que o nosso território é grande, diverso, e que é essencial tratá-lo respeitando essa diversidade”, explicou Ana Therezinha, apontando que tudo isso auxilia no aumento da cobertura vacinal em todo o território.
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Outro trabalho selecionado foi apresentado pelo médico Lucas Batista Santos e tinha como título “Reconhecimento do território de um acampamento rural, rompendo as barreiras do acesso à saúde”. O autor mostrou a experiência de reconhecer o território, planejar e revitalizar o acesso à saúde para a população do acampamento Nova Liberdade, através do trabalho de base dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em São Cristóvão.
“Entre os nossos objetivos, buscamos diagnosticar a situação de saúde do local, fazer um plano de ação e mostrar à comunidade quais serviços a unidade de saúde disponibiliza e qual era a sua equipe de profissionais. Nós também levamos atividades de educação em saúde, atualizamos a vacinação, analisamos os principais agravos de saúde e, principalmente, trabalhamos para fortalecer o vínculo entre as equipes de saúde e os moradores”, afirmou o médico.
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A terceira iniciativa selecionada, chamada de “Ecos da cela: a luta silenciosa contra a tuberculose no sistema prisional”, foi discutida pela coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Rosely Mota, que abordou o diagnóstico e cuidado com pacientes tuberculosos no Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan), mostrando como o rastreamento e o controle da tuberculose em complexos penitenciários são medidas indispensáveis para a contenção da doença e ruptura da cadeia de transmissão, tanto no ambiente carcerário quanto na comunidade em geral.

Além das experiências que irão para a etapa nacional da mostra “Brasil, Aqui tem SUS”, também foram apresentados os trabalhos “Programa Saúde na Escola: potencialidade da intersetorialidade para promoção da saúde infantojuvenil”, pela coordenadora da Saúde da Criança e do Adolescente, Jaqueline Reis; “Impulsionando práticas corporais: o incentivo à atividade física na atenção primária prisional, pela coordenadora de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Séphora Santos; “Capacitação das equipes de saúde para implementação do plano municipal de contingência das arboviroses, pela coordenadora de Vigilância Ambiental em Saúde, Daniela Fraga; a “Linhas do cuidar: bordando arte, saúde mental e renda no SUS, pela ACS Juliana Aguiar.
Fotos: Clara Dias
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