38ª Edição do Fasc encanta e valoriza artistas de Sergipe, lotando espaços e celebrando a pluralidade cultural

São Cristóvão, cidade berço de talentos e tradições culturais, viu seu cenário artístico ser enaltecido pelo Fasc, uma celebração anual que destaca a diversidade e a potência dos artistas, especialmente os talentos locais. A 38ª edição não faria diferente, mantendo-se firme no seu compromisso em valorizar e impulsionar os talentos Sergipanos. Os artistas locais não apenas tem ocupado os espaços, mas também demonstraram potência e diversidade, superando expectativas em diversos segmentos artísticos apresentados.
Entre esses artistas, Julico, músico sancristovense e vocalista da The Baggios, destaca-se não apenas por sua contribuição musical, mas também por sua visão sobre a importância do Fasc como um evento democrático e vital para a cena cultural.
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Julico, vocalista da banda The Baggios
"O Fasc é crucial por ser um meio democrático de promover a cultura, pois vemos artistas independentes e talentos locais buscando seu espaço. É incrível ver artistas como Camila Cristyne, também sancristovense, Saulinho do samba, representando em seu segmentos e outros que apresentam estilos diversos. Espero que meu trabalho solo também encontre espaço aqui, já que acabei de lançar dois álbuns, cada um representando uma viagem única. Todo artista que participa percebe a importância do Fasc e a riqueza do público, sedento por consumir música. É simplesmente incrível”, afirmou.
Julico, vocalista da banda The Baggios
Para os artistas veteranos, o Fasc tornou-se um palco familiar, onde a cada ano eles elevam sua performance e encantam o público com novidades. Mas são os estreantes que se inebriam com a energia contagiante do evento e da plateia que tem lotado todos os espaços dedicados à música, dança, teatro e literatura.
Stella Carvalho, poeta que por muitos anos morou no Bairro Rosa Maria, participou ativamente da mesa "Construindo espaços de resistência na literatura brasileira LGBTQIAPN+", no Salão Literário do Poeta Manoel Ferreira. "Para mim é muito gratificante, porque São Cristóvão sempre me acolheu com muito amor e com toda essa efervescência cultural e artística que a cidade reverbera. Então, voltar aqui no maior festival de artes do estado para não só fazer parte da programação, mas celebrar esses artistas locais, nacionais, internacionais que fazem parte da programação pra mim é muito gratificante, eu fico honrada e muito feliz", destaca a poeta.

Stella Carvalho, poeta
A cantora Pérola, natural de São Cristóvão, expressou a importância de representar a cidade. Ela destacou a relevância cultural e pessoal de sua participação no evento, enfatizando a significância de trazer visibilidade para a comunidade LGBTQIAPN+. "É realmente emocionante para mim estar aqui como filha desta cidade, representando a comunidade LGBT, especialmente como uma travesti preta e periférica. A importância dessa representação vai além, pois significa abrir espaço para outras histórias semelhantes à minha. Acredito que, ao subir no palco hoje, estou contribuindo para uma nova narrativa cultural para a minha cidade natal. É um privilégio e uma responsabilidade que abraço com alegria”, pontuou.
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Pérola, cantora
Elis Correia, coordenadora do Grupo de Empoderamento Feminino Maracatu Baque Mulher, destacou a relevância do festival em valorizar os talentos locais. "A cidade de São Cristóvão, conhecida como a 'Cidade Mãe de Sergipe', verdadeiramente honra esse título ao atrair talentos locais, especialmente artistas do município. O evento destaca e valoriza a diversidade destes artistas, incluindo mulheres, homens, crianças, adultos e idosos. Através do Festival de Artes, São Cristóvão desempenha um papel crucial não apenas na promoção da riqueza cultural, mas também na restauração da nossa crença na cultura e no empoderamento de grupos”, enfatizou.

Elis Correia, coordenadora do Maracatu Baque Mulher
Resumindo, a 38ª edição do Fasc não apenas encheu de arte os espaços de São Cristóvão, mas também reafirmou seu compromisso em ser um catalisador da cultura sergipana. Com a participação entusiasmada dos veteranos, a expectativa dos estreantes e a diversidade de expressões artísticas, o festival se consolida como um símbolo da riqueza cultural do estado, mostrando ao público a essência e a vitalidade artística que pulsam em Sergipe.
Realização
O Festival de Artes de São Cristóvão é uma realização da Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), e do Governo Federal, através do Ministério da Cultura. O patrocínio fica por conta da Maratá, Orizon, Banco do Nordeste, Ecoparque Sergipe, Coca Cola, Estrella Galicia e Caixa Econômica Federal. Além disso, tem o apoio da RR Conect, Vitória Transportes, SE - Sistema Engenharia, Colortex, Proex/UFS, Celi e Governo de Sergipe. O evento também possui habilitação pela Lei Rouanet, uma Lei Federal de Incentivo à Cultura que concede isenção às empresas que patrocinam eventos culturais.
Programação
03/12 - Domingo
Palco João Bebe Água
20h - Joésia Ramos
22h - Zeca Baleiro
00h - Groundation
02h - Nona
Palco Frei Santa Cecília
18h - Camilla Cristyne
20h - Raquel Diniz canta Rita Lee
22h - Vandal
00h - Battukada
Palco Capuchinhos
15h - Oito Cotovelos
16h30 - Ferraro Trio
18h - Morgana
Samba na Bica
11h - Saulinho
12h30 - Cajurioca Samba Clube
14h - Mania de Ser
Palco Mestre Neca
14h - Maracatu Asé D'Ori
15h - Samba de Coco da Ilha Grande
16h - Quadrilha Meu Xodó
Cine Trianon
14h - Cine Trianon convida Dia Internacional do Cinema 2023
Sessão nacional
15h - Sessão Sergipe
16h - Sessão Sergipe
Salão de Artes Vesta Viana
Rodas de conversas:
14h - “Arte Urbana e Múltiplos olhares”
16h - “Arte Afrobrasileira Contemporânea”
EXPOSIÇÃO PERMANENTE: Nivaldo Oliveira, Sônia Mellone, Luan Dias, Letícia Galvão, Helen Sabrina, Isadora Silva Souza e Silva, Matheus Augustinho, Canijan, Livreamar, Ana Marinho, Alma Rô, Marisérgia, Marjorie Garrido, Fernando Marinho e Helena Barbosa.
Música na Igreja
14h - Pedrinho Mendonça - Aweto
16h - Show Piçarra - Alberto Silveira
Salão de Literatura Manoel Ferreira
14h - “Processo da escrita criativa - Da ideia ao texto literário”
14h - "Reconstruindo Pontes - por uma perspectiva de gênero"
15h30 - “Contação de história infantil”
16h - Oficina - Uma vida de mão dupla: Crítica como ficção e vice-versa
17h30 - Intervenção poética “Tirem a poesia do isolamento!”
Palco Mariano Antônio
15h - Letícia Aranha - "Rominho e Marieta"
16h30 - Mariah da Penha - "Um Dia de Madame"
18h - Um quê de Negritude - "ESIN - Onde a Fé Ensina a Amar"
19h30 - Espaço Formas Escola de Dança - "A Arte de se Disfarçar"
Fotos: Carla Mesquita, Heitor Xavier, Daniel Oliveira, Clara Dias
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