A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), por meio da pasta de Coordenadoria de Políticas para Mulheres, proporcionou o seminário em alusão ao Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher, comemorado nesta segunda-feira (25). O evento faz parte da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher", que visa conscientizar e mobilizar a sociedade sobre os diversos tipos de violência que afetam as mulheres, seja ela física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. A campanha iniciou em 20 de novembro e seguirá até o dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos. 

De acordo com Thais Layann, coordenadora da pasta, a campanha se alinha a momentos significativos do calendário, buscando promover um espaço de reflexão, ações educativas e debates sobre a necessidade urgente de prevenção e erradicação dessa violência. 

“A realização da campanha é uma reafirmação do compromisso do município com a política direcionada à mulher. Na oportunidade para destacar a importância da participação ativa de todos na luta contra a violência de gênero, com foco não apenas no apoio às vítimas, mas também na transformação de atitudes culturais e sociais que perpetuam esse ciclo de agressão. Ela também busca fortalecer as políticas públicas e garantir que as mulheres tenham acesso a serviços de apoio e a mecanismos legais eficazes de proteção”, destacou Thais. 

O seminário foi realizado pelo Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher com a finalidade de sensibilizar a sociedade sobre a violência de gênero e promover a reflexão sobre os direitos das mulheres. “A violência contra a mulher é um problema global que afeta mulheres em todas as esferas da vida, e essa data nos oportuniza um momento para fortalecer as lutas e promover a conscientização sobre a importância de erradicar essa violência”, complementa Thais. 

A palestrante e representante da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Vera Núbia, explicou que a data de 25 de novembro foi marcada pela morte das irmãs Mirabal, na República Dominicana, em 1960. A ONU estabeleceu essa data como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, em 1999. Esse fator histórico foi uma das pautas discutidas no seminário. 

Além desta pauta, foram pautados assuntos como o enfrentamento à violência contra a mulher, como a central da sociedade; o papel do estado e da sociedade no combate à violência contra a mulher; e as possibilidade de fortalecimento da coletividade e da juventude.  

“A discussão é imprescindível com a juventude, pois muitas formas de violência atingem essa população e nem sempre têm espaço para debate. A abertura da conversa no espaço escolar é fundamental para levar adiante possibilidades de enfrentamento, bem como ampliar as reflexões de forma coletiva”, enfatizou Vera. 

A estudante Sofia Elpidia Alves, de 16 anos, achou a iniciativa muito oportuna e explanou seu pontos de vista: “foi muito bom ter trazido esse tema para cá, é uma forma de alerta para nós adolescentes, mulheres, para mostrar que exemplos e sinais de um relacionamento abusivo, de manipulação, chantagens e outros casos que possam vir a desencadear em uma agressão, quando não já a própria física. Alertar que, independentemente do tipo de relacionamento, é preciso ter um cuidado, é preciso procurar ajuda e se proteger”. 

“Eu sou mulher, já presenciei tipos de violência dentro da minha família, comigo mesma, e entendo que existe um medo, existe uma vulnerabilidade muito grande, são situações difíceis e complexas, mas juntas somos mais fortes, por isso é tão importante tratar desse assunto, mostrar apoio e ajudar”, compartilhou Sofia. 

Fotos: Heitor Xavier