São Cristóvão marca presença na 5ª Conferência Regional de Políticas para as Mulheres da Grande Aracaju e luta por avanços

O município de São Cristóvão marcou forte presença na 5ª Conferência Regional de Políticas para as Mulheres (CRPM) da Grande Aracaju, realizada nesta quinta-feira (10), na Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Delzuita da Costa Dantas Santos, localizada na Barra dos Coqueiros. Representada por equipes das Secretarias de Assistência Social (Semas) e de Saúde (SMS), além de usuárias dos serviços municipais e integrantes de movimentos sociais, a Cidade Mãe de Sergipe garantiu sua participação na construção das políticas públicas municipais e estaduais, com destaque para a reivindicação de recursos financeiros voltados ao fortalecimento das políticas para as mulheres em seu território.
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Com o tema “Mais democracia, mais igualdade, mais conquistas para todas”, a conferência teve o objetivo de construir propostas para assegurar a igualdade de gênero e fortalecer os direitos das mulheres da região, que serão levadas para as conferências estadual e nacional, além de compor o Plano Estadual de Direito da Mulher. Assim como São Cristóvão e Barra dos Coqueiros, participaram os municípios de Santo Amaro das Brotas, Itaporanga D’Ajuda, Riachuelo, Nossa Senhora do Socorro, Maruim e Laranjeiras.
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Na ocasião, foram discutidos quatro eixos principais, sendo eles a efetividade na garantia de direitos e oportunidades; os avanços e desafios da igualdade, diversidade e respeito às mulheres; o enfrentamento às violências de gênero, educação e à saúde das mulheres; e a garantia de orçamento público voltado a todas as políticas públicas. Alinhada com as discussões, a secretária de Assistência Social de São Cristóvão, Lucianne Rocha, explicou que as equipes da gestão têm trabalhado para ampliar as estratégias de enfrentamento à violência de gênero e fortalecer o papel da mulher nos seus núcleos familiares.
“Temos construído diversas parcerias e estamos aqui para trocar experiências com colegas de outros municípios, que, assim como nós, enfrentam desafios semelhantes. Queremos dialogar com o governo do estado para compor uma proposta estadual mais ampla. Acreditamos que, por meio do compartilhamento das nossas ações, poderemos avançar ainda mais. São Cristóvão está representada aqui por um povo que sabe defender os direitos das mulheres, que é potente e que vem contribuir com todos”, afirmou a secretária.
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À frente da realização do evento, a diretora de Políticas Públicas para as Mulheres de Barra dos Coqueiros, Edênia Gouveia, reforçou a conferência como um espaço de consolidação de políticas públicas e de combate a violências. “A luta das mulheres é árdua e ainda precisa quebrar diversos preconceitos que existem no nosso dia a dia”, declarou.
Potência sanscritovense
São Cristóvão conta com diversas frentes de atuação da prefeitura que trabalham na garantia de luta, acolhimento e defesa das mulheres. Uma das principais responsáveis por esse cuidado é a Secretaria Municipal de Assistência Social que, por meio de equipamentos como os Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Casa da Costura Dona Zil, entre outros, consegue potencializar a liberdade, segurança e crescimento econômico das mulheres do município.
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Segundo a coordenadora de políticas para mulheres da Semas, Raíssa Rocha, a participação da sociedade, dos usuários dos serviços municipais, coletivos e movimentos sociais foi imprescindível para construir uma política específica para mulheres que de fato alcance todas as camadas da população.
“Nós trouxemos todos os segmentos do município de São Cristóvão, os conselhos, os movimentos sociais, as instituições, as Organizações da Sociedade Civil, usuários dos serviços de convivência, para que todas as mulheres sejam a voz do município para trazer o que de fato o que precisa ser mudado, o que o Estado precisa trazer, principalmente em questões de recursos, que é uma falta muito grande”, defendeu a coordenadora.

Outro importante ponto a ser defendido e ampliado é a saúde da mulher, fundamental para sua qualidade de vida. De acordo com Maria Helena Andrade, coordenadora de saúde da mulher de São Cristóvão, a troca de informações com outros municípios deve ajudar na criação de ações e estratégias para angariar recursos para a saúde, para que consiga sanar todas as necessidades da mulher no município de São Cristóvão.
“A conferência, sem dúvida, é um espaço para, democraticamente, a gente conseguir pensar em ações e projetos que realmente ajudem a mulher nesse momento da vida a conseguir igualdade social, poder e lugares de fala. Enquanto representação da saúde, junto ao Conselho Municipal de Saúde, iremos lutar por propostas que possam realmente trazer benefícios para o povo sancristovense”, declarou.
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Representando o movimento popular e social do Instituto Ecovida, Gilvânia de Souza, que também é presidente do Conselho Municipal de Saúde, está engajada na política voltada para as mulheres há 16 anos e, para ela, estar nesse evento foi um marco, pois desde 2016 conferências voltadas para os direitos da mulher estavam paradas, e elas são fundamentais para dar voz à população. “É com essa voz que conseguimos enfrentar todas as barreiras. Enquanto mulher, é emocionante também saber que o nosso município já está reativando o Conselho de Políticas para as Mulheres, atualizado por lei. É mais um espaço, mais uma ferramenta de denúncia e mais uma ferramenta de poder para as mulheres”, pontuou.

Isabela Bispo, coordenadora do Instituto Piabinhas - associação cultural, esportiva, de assistência social, educação e moradia sem fins lucrativos em São Cristóvão -, enfatizou que são políticas públicas como as que são galgadas na conferência que contribuem para a sociedade civil, para o estado e todo o país.
“Hoje nós atendemos 50 mulheres no município de São Cristóvão, por meio do projeto Nanda, com qualificação profissional, capacitação e também trabalhos voltados à autoestima e à melhoria e à busca também pela identidade, pela sua própria identidade. Sabemos que a grande dificuldade hoje são os recursos, que os gestores públicos têm dificuldade quando se fala em políticas para as mulheres. Por isso, um dos eixos no qual participamos é justamente o eixo 4, que é de orçamento para a questão de políticas públicas para as mulheres”, explicou, destacando que a Semas dá o suporte necessário para que a instituição seja fortalecida para a proteção das mulheres da cidade.
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Na melhor idade, Gláucia Lima, usuária do Cras Gilson Prado Barreto, também se mostrou uma voz atuante na conferência, continuando a acreditar e defender toda e qualquer política que proteja a mulher: “Tudo que se faz para defender a mulher é bom. E, aos 74 anos, eu me vejo como essa mulher. Antes, eu não tinha tempo, porque trabalhava. Mas agora eu estou podendo frequentar esses espaços que dão flexibilidade para gente aprender mais, como é que é feito esse movimento. Por isso estar aqui é tão importante”.

Fotos: Heitor Xavier
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