Neste sábado (02), segundo dia do Fasc 2023, o Salão de Artes Vesta Viana contou com duas rodas de conversa sobre temas relacionados às artes visuais, além das exposições permanentes de artistas visuais, que estão disponíveis durante todo o festival. 

Pela manhã aconteceu a mesa “Gravura e o Imaginário”, que contou com a participação do artista pernambucano Bacaro Borges, a artista plástica Cláudia Nên e o sancristovense  Nivaldo Oliveira. 

Bacaro Borges ressaltou a importância da xilogravura para a transformação da sua vida e como um instrumento que pode revolucionar a trajetória das novas gerações. 

“A xilogravura chegou na minha vida por uma questão de ousadia. Eu não tinha muito espaço, então acreditei na arte. Eu via os  bichinhos, as figuras e eu transformava em desenhos. É muito importante para as novas gerações terem contato com a arte”. 

Bacaro Borges, direita e Nivaldo Oliveira, esquerda

A influência da arte também foi determinante para a vida de Cláudia Nên “Eu tive artistas que me influenciaram durante todo o meu processo criativo, como Jota Borges. A gravura no Nordeste é a construção de uma identidade local, cultural e regional do Brasil”. 

Cláudia Nên, artista plástica

Arte e Inteligência Artificial

Durante a tarde foi realizada a mesa “Arte e Inteligência Artificial”, que contou com a participação  de Eliane Weisman, do Instituto Europeu de design, Tainah Morais, doutoranda em sociologia pela UNICAMP e Carlos Estombe, doutor em ciências pela USP. a conversa contou com mediação de Neila Maciel. 

Eliane Weisman destacou que a inteligência artificial é mais uma ferramenta criativa possível, a serviço da arte.  “A tecnologia no século XXI faz parte da arte contemporânea e é mais uma ferramenta que pode ser inspiradora”. 

Doutoranda em sociologia pela UNICAMP, Taináh Morais destacou a participação do público no debate: “foi muito interessante a discussão que aconteceu e a participação da plateia, que trouxe várias vozes e  foi fundamental para ampliar nossas ideias”. 

 Taináh Morais, doutoranda em sociologia pela UNICAMP.

A estudante de museologia na UFS, Stephanie Santos celebrou a oportunidade de contemplar as obras e participar dos debates.

“Eu fico muito alegre vendo tanta presença de público. muita gente ficou muito interessada em ver as obras e na Roda de Conversa, que é essencial para a gente adquirir conhecimento”. 

Exposições de obras

O Salão de Artes Vesta Viana conta com exposições permanentes de diversos artistas visuais, desde os mais experientes, até aqueles que estão expondo suas obras pela primeira vez, como explica a professora de artes visuais da UFS e ccordenadora da exposição, Marjorie Garrido. 

"Foi feito um credenciamento para as  pessoas interessadas em participar. A gente indicou o máximo de artistas possível  para fazer parte da mostra, a maioria trabalha em Sergipe. E esse é um espaço muito potente. Uma ótima oportunidade para o público e para os artistas". 

A exposição permanente vai contar com as obras dos seguintes artistas : Nivaldo Oliveira, Sônia Mellone, Luan Dias, Letícia Galvão, Helen Sabrina, Isadora Silva Souza e Silva, Matheus Augustinho, Canijan, Livreamar, Ana Marinho, Alma Rô, Marisérgia, Marjorie Garrido, Fernando Marinho e Helena Barbosa.

Confira a programação do Salão de Artes para este domingo (03)

Rodas de conversas:

Realização

O Festival de Artes de São Cristóvão é uma realização da Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), e do Governo Federal, através do Ministério da Cultura. O patrocínio fica por conta da Maratá, Orizon, Banco do Nordeste, Ecoparque Sergipe, Coca Cola, Caixa Econômica Federal e Estrella Galicia. Além disso, tem o apoio da RR Conect, Vitória Transportes, SE -  Sistema Engenharia, Colortex, Proex/UFS, Celi e Governo de Sergipe. O evento também possui habilitação pela Lei Rouanet, uma Lei Federal de Incentivo à Cultura que concede isenção às empresas que patrocinam eventos culturais.

Fotos: Jhonny Oliveira e Clara Dias.