01/12/2021

Profissionais da Assistência Social de São Cristóvão dialogam com alunas do segundo grau sobre violência contra as mulheres

As atividades dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher em São Cristóvão continuam até o próximo dia 10 de dezembro. Nesta semana duas escolas estaduais do município receberam as equipes para o “Papo de Menina”. A ação informativa organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast) aconteceu nas Escolas Glorita Portugal (dia 30) e Gaspar Lourenço (dia 01), propiciando uma excelente oportunidade para o esclarecimento sobre o tema através do diálogo entre profissionais e estudantes.

Estimulados por perguntas, os estudantes decidiam se o relatado pela equipe da Semast era mito ou verdade e passavam a debater sobre o assunto. A diretora de Programas Especiais, Maria Helena Fortes lembrou que quem toma uma atitude em defesa de uma mulher vítima de violência, encoraja outras mulheres a também se defenderem. “Há diversas formas de fazer denúncias e também vários lugares onde procurar ajuda, como o CREAS, a delegacia e a Defensoria Pública, dentre outros. Hoje viemos aqui desconstruir mitos que colocam as mulheres em situações vulneráveis e silenciadas, viemos lembrar que o silêncio gera impunidade”, ressaltou Helena.

Diretora de Programas Especiais, Maria Helena Fortes

O aluno do terceiro ano da Escola Estadual Glorita Portugal, Ronald Matheus Pereira de 18 anos, considera que a ação conscientiza quem não tem conhecimento e fortalece o saber de quem já tem. “Eu conheço grande parte das informações passadas aqui porque estudo para ser policial, mas atividades como essa são importantes para que o saber seja expandido”, disse ele.

Mycaela Lima, de 18 anos, foi uma das alunas que mais participou das discussões por que, segundo ela, já tinha consciência sobre o direito das mulheres, mas disse que “aprendeu muito sobre a Lei Maria da Penha e classificação de gênero para ter direito aos benefícios da lei”, se referindo ao fato de que mulheres trans e homossexuais estão protegidos pela LMP.

Mycaela Lima, aluna

Outro aluno que demonstrou muito conhecimento sobre o tema foi Silvio Souto, 20 anos. Para ele, faltam mais ações informativas e comunicação como a que ocorreu em sua escola. “Violência gera violência e a conscientização prepara para o futuro. Tenho experiência com a violência e acho que precisamos de mais educação social para nos defender”, explicou Silvio.

Sílvio Souto, aluno

Nesta quarta (01), a equipe estará durante os períodos da manhã e tarde na Escola Estadual Gaspar Lourenço para conversar com mais alunas e alunos. Até o dia 10 de dezembro, dentro dos 21 dias de ativismo, ainda ocorrerão blitz para distribuição de material educativo, debates, atos em nome da paz e uma procissão de homens pelo fim da violência contra as mulheres.

Fotos: Dani Santos

Publicado por Yago de Andrade Santos
Fotos por Dani Santos
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