Cine Direitos Humanos discute os escombros sociais da ditadura em exibição para servidores da prefeitura

O mês de abril marca os 60 anos do início da ditadura militar no Brasil e, em alusão à data nefasta, o Cine Direitos Humanos exibiu o filme “Frei Tito” (1983), de Marlene França, seguido de um debate com o Prof. Dr. Romero Venâncio, professor do departamento de Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. A exibição aconteceu no auditório do Museu de Arte Sacra e contou com a presença de secretários e servidores da prefeitura.
O Cine Direitos Humanos é uma iniciativa da Secretaria de Assistência Social (Semas), através da Diretoria de Direitos Humanos. As sessões de filmes são realizadas a cada 15 dias, com intuito de abordar diferentes temáticas essenciais para a garantia de direitos na sociedade.

Em sua maioria, as exibições acontecem na Galeria Vesta Viana e são reservadas para turmas da rede de ensino do município, mas, em uma edição especial, foi focada no público trabalhador da Semas para conscientizar e formar gestores mais humanos e preparados para a proteção da democracia.
Para a diretora de Direitos Humanos da Semas, Gessica Silva, falar sobre a Ditadura Militar, 60 anos depois do fim do regime, nos permite refletir sobre as heranças deixadas por esse período da história do Brasil. “A mudança da democracia para a ditadura foi sentida há 60 anos, no entanto suas consequências se perpetuam até a atualidade”, ressalta.

À direita Gessica Silva, diretora de Direitos Humanos da Semas, junto a Sandra Sena, coordenadora de Igualdade Racial, e Caio Graco, Coordenador de Juventude
O professor Romero Venâncio explica que a escolha do filme partiu do entendimento que o debate sobre a temática da tortura é uma porta de entrada para entender o que foi a ditadura. “A tortura foi uma tragédia. Mas a partir da tortura, podemos entender o que foi espaçado nesse país. A importância de recobrar essa memória é fundamental, acima de tudo, para que nunca mais tenhamos ditadura, violência, tortura, exílios e corpos desaparecidos”, afirma.

Romero Venâncio, professor do Departamento de Filosofia da UFS
Jildenes Cândida, gerente do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Gilson Prado Barreto, esteve como espectadora e ouvinte e acredita ser fundamental refletir sobre o tema, pois a ditadura impactou a vida de muitos com o sofrimento e a tortura. “Eu achei esse evento de grande importância para que possamos discutir e saber o que foi a ditadura, que muitas vezes acham que não existiu, mas foi algo surreal e que existiu e causou muitas destruição na vida de muitos”.

Jildenes Cândida, gerente do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Gilson Prado Barreto
Fotos: Heitor Xavier
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