Casa da Costura Dona Zil conclui Oficina de Máscaras Africanas aprimorando técnicas de bordado avançado em papel

Nesta quarta-feira (10), a Casa da Costura Dona Zil concluiu mais um curso de formação voltado à qualificação de artesãs do município, estimulando a prática de novas técnicas e a valorização do artesanato de São Cristóvão. A oficina de Máscaras Africanas, com foco no aprimoramento do bordado avançado em papel, reuniu 20 participantes, já iniciados nos cursos de bordado em fotografia, em quatro encontros que totalizaram 20 horas de carga horária. O objetivo foi aprofundar o fazer manual, conectando-o a elementos da cultura afro-brasileira.
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O curso foi ministrado pelo artista visual e professor Sérgio Ricardo, em mais uma parceria educativa com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Pró-Reitoria de Extensão. Segundo ele, a proposta de trabalhar máscaras africanas se conecta ao interesse em preparar uma exposição sobre africanidade para o Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc).

“Eu achei a proposta de juntar as alunas do módulo anterior fantástica, porque sei que elas têm capacidade e estão fazendo algo muito interessante. Está sendo uma delícia acompanhar esse processo. Eu estava sentindo falta desse convívio, porque criei um elo muito forte com essas artistas, um elo de afeto e de companheirismo. Ver essa interação entre as turmas do Centro Histórico e do Rosa Elze, cada uma com suas particularidades, mas se misturando, se ajudando e criando empatia artística, é muito especial”, destacou.
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Durante as aulas, as participantes demonstraram evolução significativa, com mais liberdade e confiança na execução das atividades. Mesmo diante do desafio de bordar novos modelos, a experiência adquirida em oficinas anteriores contribuiu para que os resultados mantivessem a qualidade já alcançada em trabalhos anteriores.
Para Sandra Rodrigues, responsável pela Casa da Costura, o curso foi um sucesso e reforçou a percepção dos avanços das turmas. “É muito gratificante ver como elas estão se desenvolvendo, interagindo, formando um grupo unido, um coletivo. Nós também, enquanto equipe da Casa da Costura, estamos muito empolgadas com o resultado”, comemorou.

A Casa da Costura já havia introduzido a técnica do bordado em papel nas oficinas “Bordando Memórias” e “Bordando Histórias”, também ministradas por Sérgio Ricardo. O primeiro curso, realizado em junho no Centro Histórico, trabalhou o bordado em fotografia contextualizando locais históricos e manifestações culturais da cidade. Já o segundo, desenvolvido no bairro Rosa Elze, certificou 15 mulheres após quatro dias de atividades, nas quais lembranças pessoais foram transformadas em peças bordadas, fortalecendo autoestima, empoderamento e geração de renda.
Veterana nos cursos da casa, Edna Paes contou que sempre se encantou pelo artesanato e valorizou a experiência de transformar papel e linha em obras delicadas. “Já participei de outros cursos oferecidos aqui. Nunca tinha bordado antes, mas na primeira oficina já fiz um bordado com a foto da minha mãe e gostei muito. Depois aprendi crochê, com as próprias colegas ensinando. Cada aprendizado novo me motiva ainda mais”, relatou.

Já o pernambucano José Vieira, participante visitante da oficina, buscava novas atividades na UFS e se interessou pelo curso por seu apreço pelas artes. Ele trabalha com técnicas industriais de bordado e avaliou positivamente a experiência. “É uma atividade que remonta a nossa ancestralidade. O artesanato é muito importante na nossa cultura, especialmente no Nordeste. Mas também é um gosto pessoal, de modo geral. O curso foi excelente, excepcional. É um trabalho maravilhoso o que é feito aqui”, concluiu.

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