Bordando Histórias: mulheres finalizam oficina de bordado que transforma lembrança em arte, autoestima e oportunidade de renda

A Prefeitura de São Cristóvão, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Sergipe, finalizou, nesta terça-feira (29), a oficina Bordando Histórias. O encontro, que durou quatro dias, certificou 15 mulheres que participaram do aprendizado, compartilharam suas histórias, vivências, trocaram experiências e resgataram afetividade e pertencimento por meio do bordado.
Durante a oficina, as participantes transformaram fotografias e lembranças pessoais em peças bordadas, unindo a técnica do bordado, a criatividade e suas memórias. Além da técnica, o bordado se revelou na vida dessas mulheres como uma forma de cuidado com a autoestima, empoderamento, entretenimento, momento terapêutico e oportunidade de gerar renda com os produtos.

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De acordo com Leônia Silva, coordenadora de Inclusão Produtiva e Geração de Renda, o papel do poder público na promoção de atividades como essa é oportunizar melhor qualidade de vida, aprendizado e fomentar o empreendedorismo. “Fico emocionada em ver como ações como essa fortalecem não apenas a autonomia financeira dessas mulheres, mas também suas identidades, vínculos comunitários e autoestima. Cada ponto bordado carrega uma história, um gesto de resistência e construção coletiva. Nosso papel, enquanto gestão pública, é seguir incentivando espaços de formação como esse, que são verdadeiros instrumentos de transformação social”.
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Sérgio Ricardo, ministrante da oficina, explica que o bordado sobre fotografia é uma arte relativamente nova no Brasil, mas já bastante difundida na Europa e nos Estados Unidos. A técnica propõe a criação de narrativas a partir de imagens fotográficas, unindo memória, história e expressão artística. São obras que contam histórias de pessoas, lugares e momentos, junto à arte do bordado, tão significativa em São Cristóvão.
“O projeto valoriza o protagonismo das participantes que, a partir de uma orientação técnica inicial, desenvolveram suas próprias obras com autonomia e criatividade. Estou aqui apenas como mediador, pois quem realmente transforma o conhecimento em arte são as próprias mulheres”, destaca o ministrante da oficina.


Júlio Nascimento, prefeito da cidade, fez questão de parabenizar todas as participantes no último dia da oficina. Como gestor, reforçou que ações de transformação social que ensinam e valorizam a cultura e a história de São Cristóvão são fundamentais, pois, além de beneficiarem diretamente as participantes, fomentam alternativas de geração de renda para suas famílias.
“É muito importante ver que nossas ações são fundamentais para muitas mulheres. São trabalhos que fortalecem os vínculos comunitários, a saúde emocional e a autoestima delas, além de compartilhar conhecimento e fomentar o empreendedorismo, que possibilita uma nova opção de renda para elas e suas famílias. Somos uma gestão que pensa em possibilidades e oferece oportunidades, e essa oficina é um dos exemplos disso”, enfatiza o prefeito.
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Participantes da oficina
O último dia da oficina aconteceu na comunidade Luiz Alves II. Pastora Vila, moradora da localidade e participante da atividade, revelou que a experiência possibilitou o resgate de histórias e imagens guardadas na memória da comunidade. “Durante nossos momentos, compartilhamos vivências, lembranças de uma mercearia antiga, de uma mulher mais velha da cidade que deixou um legado muito importante, de prédios como eram antes e como estão agora, depois de reformados. Enfim, o bordado em fotografias se resumiu em conexão entre nós, mulheres, e com a história de onde vivemos”.
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Por falar em resgate, Graça Andrade, missionária e também participante da oficina, compartilhou que o artesanato era um talento adormecido em sua vida, mas que a oficina reacendeu essa prática e, com ela, todos os seus benefícios. “A oficina foi uma experiência maravilhosa, enriquecedora, e em homenagem à minha volta para o artesanato, eu bordei a minha foto com o nome ‘Jesus Cristo’, que representa muito para mim. Essa iniciativa promovida pela Prefeitura é muito rica, pois resgata e revela talentos da costura, além de oferecer uma nova oportunidade, ou uma oportunidade a mais, de gerar renda e trabalhar mais perto da família, dentro do seu lar”, concluiu.

Fotos: Heitor Xavier
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