16/05/2023

Arquivo Público Municipal de São Cristóvão é considerado referência em Sergipe

Na manhã desta terça-feira (16) aconteceu a visita das equipes do Arquivo Estadual de Sergipe (Apes) ao Arquivo Público Municipal de São Cristóvão. Na ocasião foi discutida a importância de manter os arquivos públicos organizados e preparados para fornecer o seu papel principal que é dar acesso à informação para a população. 

Segundo a diretora do Apes, Sayonara Rodrigues, o objetivo da visita foi a retomada do diálogo entre o Arquivo Público do Estado de Sergipe com os municípios, apesar de ser algo que sempre existiu, com o início da pandemia esses encontros e conversas foram diminuindo, mas precisam ser resgatados e o sistema estadual de arquivos ser fortalecido. “Em termos de organização, em termos de gerenciamento, de acessibilidade para o cidadão, garantindo o principal objetivo dos arquivos que é dar acesso à informação, a cidade de São Cristóvão é referência, sim”.

Sayonara Rodrigues, diretora do Apes 

Sayonara afirma que ainda há cidades que deixam toda sua documentação em depósitos em situação de insalubridade, e adiciona que é uma forma errônea de guardar documentos importantes e necessários, além de que, atitudes como essas são um descumprimento à lei. “A lei de Arquivos reforça a lei constitucional de que todos têm o direito de acesso à informação, então aqueles municípios que não tem um bom gerenciamento e organização, descumpre a legislação”. 

O Arquivo Público Municipal oferece um serviço fundamental na preservação da história local e no acesso à informação para todos os cidadãos. Sua responsabilidade é coletar, organizar, conservar e disponibilizar os documentos e registros que têm valor histórico, administrativo, cultural e legal. 

Segundo o diretor do Arquivo Municipal, Adailton Andrade, o espaço atual está mais composto e adequado devido aos esforços da atual gestão, que entende a extrema necessidade e importância do objetivo de um arquivo. “Em muitas cidades vimos depósitos com nomes de arquivos, infelizmente. Para ser arquivo, tem-se uma estrutura, uma linguagem e toda uma preocupação com os documentos, e isso a gestão de São Cristóvão teve, tivemos um gestor sensível a isso. Este arquivo passou por mudanças e hoje tem pessoas que nos vêem como referência”.

Adailton Andrade, diretor do Arquivo Público Municipal 

Além de guardião da história, tem-se o objetivo da visibilidade e apoio, mas, sobretudo, o fortalecimento da participação cidadã e o fomento à pesquisa. E foi nesta linha de pensamento que o diretor do arquivo junto com sua equipe, desenvolveram um projeto que leva o Arquivo Público Municipal para as escolas da cidade. Algumas visitas já estão agendadas, e a finalidade dessa atitude está em apresentar o que é o Arquivo, o que ele faz, sua importância para o município, quais são as documentações guardadas, entre outras explicações. 

“Hoje temos a importância da história da ferrovia em São Cristóvão, a importância da religiosidade, o FASC que comemorou 50 anos, apesar do festival ser gerenciado pela UFS, a gestão municipal sempre teve uma contrapartida. E agora, recentemente, com a praça da bandeira revitalizada, ali é a presença viva da história do FASC e a proximidade com a Universidade Federal de Sergipe”, informa Adailton.

A preservação da memória local tem um valor enorme, e o Arquivo é um local que guarda documentos variados como atas de reuniões, registros civis, documentos oficiais, fotografias, e demais materiais que contam histórias da comunidade ao longo do tempo. São registros fundamentais para a preservação da identidade e cultura da cidade, permitindo que as gerações futuras tenham acesso sobre sua evolução. 

Arquivo Público Municipal 

“Estamos buscando nos arquivos de fora, como no Apes, no poder judiciário, no arquivo nacional e, também, no arquivo da Torre do Tombo, localizado em Lisboa, toda documentação que se refere a São Cristóvão, à Sergipe Del Rei; estamos trazendo em forma de cópia e montar um acervo documental, um arquivo digital, para quando pessoas chegarem em São Cristóvão, a qual conhecemos como a quarta cidade mais antiga do Brasil, e querer ver um documento de época, vamos ter condição de ofertar”, adiciona Adailton. 

Fotos: Susana Fraga 

Publicado por Érica Xavier
Fotos por Susana Fraga
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