Arquivo Municipal realiza primeira visita às escolas com objetivo de apresentar histórias da cidade e colaborar com o projeto pedagógico junto aos professores
Na manhã desta quarta-feira (24), o Arquivo Público Municipal de São Cristóvão iniciou as atividades extensionistas nas escolas da cidade. O projeto que foi nomeado como “Arquivo vai à escola” fez sua primeira apresentação oficial na EMEF Gina Franco. O público do dia foram crianças entre 11 e 14 anos, que se mostraram atentas às histórias que envolvem o nome de sua escola, a cidade de São Cristóvão, além de entender do que se trata o Arquivo Público Municipal.
Pela primeira vez, São Cristóvão está participando da 7ª Semana Nacional dos Arquivos, um evento do governo federal em que o projeto “Arquivo vai à escola” já faz parte da programação do evento. Em consonância com a Secretaria Municipal de Governo e Gestão e a Superintendência Executiva de Administração, o projeto tem sua primeira edição em 2023. Essa ação é fruto do investimento que a gestão municipal vem realizando dentro do Arquivo Municipal, tanto em capacitação, estrutura física e equipamentos. A atividade de extensão é voltada para as escolas da rede municipal, estadual e particular do município de São Cristóvão do ensino fundamental e ensino médio. Além da disseminação do conhecimento local, a iniciativa é considerada obrigatória na grade curricular pela Lei de conteúdo multidisciplinar sobre ações que versem sobre a história local, sua gente, seus efeitos que vem contribuindo na formação dos sancristovenses.
As visitas da equipe do Arquivo Municipal às escolas permitem que os alunos possam compreender a importância da preservação da memória local, da sua cultura e das pessoas que fizeram história na cidade. Essa iniciativa busca despertar o senso de responsabilidade, valorização e pertencimento. A apresentação foi mediada pela professora Edilaine dos Santos, que faz parte da equipe, compartilhando seu conhecimento em arquivologia; e do diretor do Arquivo, Adailton Andrade, que falou sobre o município, além de dividir o conhecimento monumental, material e imaterial.
Segundo Adailton, espera-se que este projeto não seja apenas realizado nas escolas que ficam na sede, tem-se o desejo de ir a outras localidades como Pedreiras e o grande Rosa Elze. A primeira escola visitada foi a EMEF Gina Franco e, de acordo com o diretor, a escolha não foi em vão. “Acredito que os alunos merecem conhecer a pessoa que a escola leva em seu nome e em sua memória. Poucas pessoas sabem quem foi essa mulher, e ela foi tão importante para a história de São Cristóvão. Gina morou um tempo aqui e foi dona da fábrica de tecidos São Gonçalo, assim como seu pai e seu esposo, Dr. Augusto Franco. Ele, que já foi governador e prefeito da cidade, fez dela primeira-dama daqui; era uma pessoa formidável que ajudou, principalmente, as pessoas pobres. Maria Virginia Leite Franco, era o nome dela, Gina era o seu apelido carinhoso de família”, partilha.
A ideia do projeto é participar da construção do projeto pedagógico das instituições de ensino municipal, e conseguir acrescentar a visita do Arquivo nos planejamentos dos professores. “O Arquivo vai se preparar com as fontes direcionadas aos pedidos e anseios dos professores, pois eles buscam fontes para trabalhar e às vezes não encontram essas fontes preparadas. Além do que, só os professores têm mais autonomia para direcionar determinado conteúdo para determinada série e as idades dos alunos”.
Para a professora Ana Maria Santos, que trabalha na escola Gina Franco há 20 anos, essa atitude é de grande importância e representa o primeiro passo para mostrar aos alunos que o que é histórico não é apenas algo “velho”, mas que são testemunhos que fazem parte da vida de cada um deles. “É válido levar à comunidade escolar o propósito de despertar o gosto por esse conhecimento, porque quando conhecemos de verdade, começamos a respeitar, valorizar e preservar mais, e isso é justamente o objetivo principal da educação patrimonial, a qual eu ministro aqui na escola”, enfatiza.
Vitor Santos de 13 anos, que demonstrava curiosidade a cada etapa da aula ficou contente com a visita. “Achei a aula muito boa! Já conhecia algumas coisas, mas também aprendi muita coisa, assim que chegar em casa vou falar para a minha mãe, para ela também conhecer. Taislaine Correia, de 11 anos, também partilhou da mesma empolgação. “Eu achei ótima essa aula, vi fotos de ruas que eu conheço, mas que foram tiradas há muito tempo. Gostei de conhecer mais sobre minha escola e onde eu moro”, finaliza.
Fotos: Juliana Santana e Érica Xavier
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