Agricultores do assentamento Rosa de Luxemburgo participaram de uma oficina de compostagem

Mais conhecimento para que agricultores aproveitem toda a riqueza produzida pelo seu próprio cultivo. Com esse objetivo, a oficina de compostagem realizada no assentamento Rosa de Luxemburgo marca o terceiro dia da semana da agricultura realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de São Cristóvão (Semap).
O agroecólogo, Wesley Félix Conceição foi quem ministrou a oficina, voluntariamente. A compostagem é um composto orgânico que devolve ao solo o material rico que seria descartado, e substitue outros tipos de adubos que poderiam ter um custo muito mais elevado para o agricultor. Todo o processo dura uma média de 90 dias, tempo suficiente para a compostagem estar pronta para ser utilizado como adubo. De acordo com Wesley, ”a compostagem aumenta a capacidade de infiltração da água e reduz a erosão provocada pela chuva, mantém estável a temperatura do solo e os níveis de acidez que dificulta a germinação de plantas e ervas daninhas, e ativa a biota do solo, que é a vida do solo, toda a vida do solo é ativada favorecendo a reprodução desse microrganismo que beneficia as culturas”.

Dona Maria Gilda Alves, agricultora, disse que sempre usuu adubo natural, mas disse desconhecer que a compostagem, o uso de adubo limpo deixa a terra mais produtiva. “Meus pais e meus avós eram agricultores e eu continuei no mesmo ritmo de agricultura. Eu planto milho e macaxeira, e quando limpava o solo queimava o mato achando que estava fazendo a coisa certa. A gente aprendeu que não é dessa forma, a gente tem que pegar o mato, fazer a compostagem para que a terra fique mais produtiva. A planta agradece porque ela fica mais viçosa, dá um fruto bem melhor, na raiz da macaxeira, a quantidade da raiz, e a espiga do milho que não fica banguela, como a gente fala, enche bem o caroço. Essa aprendizagem que a gente teve melhorou bastante a nossa produção”, disse ela. A agricultora disse ainda que dá mais trabalho, mas que “o agricultor gosta de ver a produção para na próxima safra plantar com mais vontade”.
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O coordenador de agricultura e pesca da Semap, Anderson Cardoso, disse que a experiência de visita aos acampamentos e povoados mostrou a necessidade de realizar as oficinas. “A gente percebeu que eles, ainda, desperdiçam muito a matéria orgânica que pode gerar benefício, não só para adubagem da terra, para enriquecer o solo e não usar adubos industrializados, mas também na geração de gás que pode ser usado no cozimento da sua alimentação. O agricultor precisa da atenção do poder público, a Semap teve a sensibilidade de trazer para eles essa informação, essas oficinas, as rodas de negócios com parceiros, disseminando informações para que o agricultor tenha mais vontade de continuar produzindo mais e melhor para colocar um alimento de qualidade na mesa da população”, ressaltou Anderson.

Fotos: Dani Santos
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