Semed se reúne com professores para discutir questões das atividades presenciais
Com o objetivo de repactuar e sensibilizar os professores quanto às atividades presenciais na rede municipal, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) realizou, na manhã desta quarta-feira (25), um encontro com professores e diretores das escolas da cidade, enfatizando a necessidade da presencialidade das atividades letivas. Com a presença de representantes do Conselho Tutelar e da Assistência Social, o evento também promoveu discussões e reflexões sobre formas de proteção às crianças e adolescentes, com foco na prevenção e combate à exploração e abuso sexual.
A escola, além da finalidade de ensino e aprendizagem, também é uma das instituições que compõem a chamada rede de proteção à infância e adolescência. Juntamente com atores de outras áreas, como Saúde e Assistência Social, os profissionais da educação devem zelar pelos direitos da população dessa faixa etária, previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Nessa perspectiva, uma das situações que corroboram para a necessidade das atividades presenciais, está a violência às crianças nas suas famílias e comunidades.
De acordo com Quitéria de Barros, secretária municipal de educação, “uma das particularidades que nos moveu em torno da necessidade de reabrir as escolas, foi exatamente os dados em relação às violências. O intuito de hoje também foi conscientizar os professores sobre essa violência silenciosa que ocorre nas famílias que nós atendemos, para que eles sejam agentes capazes de identificar essas situações”, falou a secretária.
Como parte desse processo de combate à violência contra crianças e adolescentes, a Semed implantou no âmbito escolar o Sistema de Aviso Legal (SALVE), que gera notificações dos casos de violência contra os menores do município. “Com esse sistema é possível notificar casos sem que haja a exposição de um professor nosso, para que eles não fiquem em situação de risco. A partir de agora vamos trabalhar com o SALVE, numa parceria com as secretarias de saúde e de assistência social”, finalizou Quitéria.
Para Lucianne Rocha, secretária municipal de assistência social e do trabalho, a instrução aos profissionais da educação sobre os traços de abuso é de suma importância, uma vez que, para além do ambiente familiar, são os professores que possuem as maiores chances de evidenciar possíveis sinais de violência e ligar o sinal de alerta. “É fundamental que todo sistema de garantias de direitos se fortaleça junto com a educação, que é o segundo espaço de proteção à criança, onde ela tem grande parte da sua vivência. Na situação de violência, onde ocorrem em sua grande maioria nos ambientes familiares, a escola se torna um espaço mais importante ainda, e precisa se tornar um espaço seguro para que a criança possa falar, que tenha espaço para evidenciar alguma violência que esteja sofrendo”, explicou Lucianne.
Responsável por atender crianças e adolescentes diante de situações de violação de direitos, o conselheiro Douglas Santana afirma que “os professores e a escola têm um papel muito importante na percepção de abusos sofridos pelas crianças. Aquela criança que sempre ia alegre, feliz, de repente não quer mais lanchar, chega triste na escola, e é importante estarem atentos a isso. Com aquele olhar mais carinhoso, chegar junto e tentar entender o que está acontecendo”, finalizou.
Fotos: Heitor Xavier
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