Como prioridade para São Cristóvão, a educação municipal continua a ofertar capacitações para os profissionais da área estarem atualizados e preparados, o que inclui lidar com estudantes que demandam necessidades especiais. Com esse objetivo o Núcleo de  Atendimento Psicossocial e Pedagógico (NAPP) realizou mais uma das formações continuadas para professores e apoiadores pedagógicos da rede, dessa vez com foco em como melhor trabalhar com crianças atípicas em sala de aula.

O NAPP foi criado em 2023 como iniciativa da Coordenadoria de Políticas Educacionais para a Diversidade e Educação Especial (COPDE), com o intuito de promover a inclusão dos alunos, fornecer suporte pedagógico e fortalecer os laços entre família e escola. O Núcleo é composto por uma equipe formada por psicólogos, psicopedagogos e assistentes sociais.

As formações realizadas para os profissionais da rede municipal de ensino acontecem periodicamente na última sexta-feira de cada mês, durante o ano letivo. Mardilene Prado, coordenadora do NAPP, ressaltou que os temas abordados são sempre relevantes para entender como lidar com crianças da educação especial, focando no tratamento e nas melhores práticas para oferecer suporte.

“Temos a participação de professores das salas de recursos, que atuam como formadores, além do pessoal do apoio escolar, que trabalha diretamente em sala de aula, auxiliando o professor no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Esse trabalho conjunto é essencial para melhorar o atendimento e o desenvolvimento das crianças, garantindo que recebam a atenção e o cuidado necessários para seu progresso educacional", afirmou a coordenadora.

Dessa vez, a capacitação foi ministrada pelas professoras de sala de recursos Patrícia Lima e Nice dos Anjos, que além de formadoras também atuam nas escolas municipais e integram o NAPP. Nice dos Anjos apontou que esta formação foi direcionada principalmente para cuidadores apoiadores escolares, que lidam diretamente com os alunos no dia a dia.

“Abordamos como agir em situações de crise, quando as crianças necessitam de um suporte maior do que o habitual. No cotidiano, o apoio pode ser mais simples, mas quando algo extraordinário acontece, como uma crise, é preciso ter preparo para o que deve ser feito, como desenvolver a prática. Também falamos sobre a afetividade, que é essencial para crianças que precisam de um suporte maior, e discutimos alguns materiais que podem ser utilizados, como brinquedos, e como esses objetos podem ser criados e adaptados manualmente para serem utilizados por e com as crianças”, explicou a professora.

Entre os participantes, a apoiadora pedagógica Edsonia Teixeira enfatizou que as formações continuadas têm feito uma grande diferença no trabalho da equipe, sendo uma oportunidade valiosa para aprender e receber orientações de como agir nas adversidades. 

“A cada encontro, adquirimos mais conhecimento e também compartilhamos experiências com colegas que são muito capacitados, tranquilos e sempre dispostos a ajudar. Isso nos faz sentir bastante acolhidos e, graças a Deus, tenho evoluído bastante. Sinto que tenho aprendido muito e que essas formações realmente impactam de forma positiva o nosso dia a dia”, destacou.

Fotos: Heitor Xavier