A Prefeitura de São Cristóvão por intermédio da Secretaria Municipal da Fazenda, Orçamento e Planejamento (Semfop) iniciou a segunda etapa do projeto de geoprocessamento na cidade nesta terça-feira (06). O objetivo é coletar dados multifinalitários do município para a otimização do planejamento municipal. O serviço será feito pela Geodados Geoprocessamento e Serviços Aéreos Especializados Ltda, e terá duração de, aproximadamente, cinco dias, iniciando no Centro Histórico e prosseguindo pela macrozona urbana da BR 101, grande Rosa Elze, Marcelo Déda e parte do Mosqueiro, totalizando 71 Km pela cidade.

Segundo o engenheiro cartógrafo da empresa Geodados, Evailton Cazarini, o geoprocessamento é uma ferramenta moderna e importante quando o assunto é planejamento urbano. Tem como intuito a organização do território urbano, identificando áreas obsoletas e readequação das áreas construídas, trazendo justiça tributária ao município. 

“O geoprocessamento utiliza tecnologias como ortofotos de alta resolução e fotos 360º de fachada  dos imóveis que permitem que todo trabalho seja realizado de forma remota sem a intervenção de fiscais em campo. Como resultado, São Cristóvão terá o cadastro imobiliário atualizado e um mapa conciso da cidade onde será possível planejar e executar ações em menos tempo e com economia de recursos públicos”, explica Evailton, que também é responsável pelo departamento de geoprocessamento de dados e imageamento terrestre da Geodados.  

De acordo com Eldro França, secretário da Semfop, a última atualização de georreferenciamento do município aconteceu há 10 anos. Essa atualização de dados permitirá ao município desenvolver uma análise justa da cidade, auxiliando a prefeitura na gestão tributária, territorial, fiscal e dos serviços públicos municipais. A primeira etapa do serviço de geoprocessamento do município aconteceu no início deste ano e constituiu em um Aerolevantamento Fotogramétrico e Perfilométrico LiDAR. Os resultados da primeira etapa já estão sob as mãos da gestão municipal. 

“A partir de hoje, o trabalho será feito de maneira terrestre, as imagens mostrarão as ruas, as casas, os estabelecimentos, toda urbanização em formato 360º. Isso será importante para realizar uma gestão mais organizada e para fins de regularização fundiária. Além disso, servirá para identificar onde é necessário construir uma Unidade Básica de Saúde, uma escola, entre outras necessidades diagnosticadas daqui por diante”, esclarece Eldro. 

Adicionando a isso, o trabalho de geoprocessamento pode contribuir na análise e no planejamento do uso do solo, na identificação de áreas de expansão urbana, na definição de infraestruturas necessárias, na avaliação de impactos ambientais e na garantia de um desenvolvimento urbano sustentável. Desse modo, o secretário de Infraestrutura, Júlio Júnior, partilha que esse serviço será de grande valia para futuros planos. “É uma ferramenta que a gente vai usar dentro da nossa secretaria no setor, inicialmente, de licenciamento. Isso vai fazer com que a gente melhore a eficiência dos nossos serviços, diminua prazo, consiga fazer mais análises em menos tempo, ou seja, a gente está direcionado para um eixo que vem sendo planejado há um tempo com o prefeito que é investir em inovações, e a partir disso melhorar nossos serviços para a comunidade”.

Fotos: Dani Santos