Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão celebra início da campanha de Agosto Dourado com capacitação sobre aleitamento materno

A Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão deu início ao mês de agosto, dedicado à promoção do aleitamento materno, com uma importante capacitação intersetorial realizada na última sexta-feira (01), no Paço Municipal. O evento, intitulado Cidade Mãe Multiplicadora: Saberes e Práticas em Aleitamento Materno, reuniu profissionais das áreas de saúde e assistência social para fortalecer as ações de incentivo à amamentação na cidade.
A capacitação marcou a abertura oficial do Agosto Dourado, mês reconhecido nacionalmente pela valorização do aleitamento materno e seus benefícios para a saúde de mães e bebês. Durante a atividade, os participantes tiveram a oportunidade de trocar conhecimentos, compartilhar experiências e atualizar suas práticas de atendimento às famílias, com foco na promoção e proteção do aleitamento materno.
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Entre o público-alvo, estiveram presentes cirurgiões-dentistas, agentes comunitários de saúde e técnicos de outros setores, como os visitadores do Programa Primeira Infância e os técnicos do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que atuam com gestantes por meio de oficinas. Uma das intenções da capacitação é contar com o trabalho multiplicador desses profissionais nas unidades básicas de saúde onde atuam, reforçando essa pauta em suas práticas.

“Durante seu processo de trabalho, os profissionais estão em contato direto com a população, com gestantes, puérperas, famílias, e atuam como disseminadores dessas informações. Aqui temos visitadoras do programa Criança Feliz, que acompanham gestantes e puérperas. A capacitação de hoje visa justamente aprimorar os conhecimentos desses profissionais, para que possam repassar essas informações com mais segurança e qualidade no atendimento às famílias”, explicou Jaqueline Reis, coordenadora de Saúde da Criança e do Adolescente e referência técnica do Programa Saúde na Escola.
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A proposta é que essa formação não seja um momento isolado, mas o pontapé inicial para um trabalho contínuo ao longo do ano, envolvendo diferentes setores do município. Com isso, a expectativa é que, com o engajamento de equipes da saúde e da assistência social, a cidade amplie a rede de apoio e orientação para o aleitamento materno, contribuindo para melhores índices de saúde infantil.
Segundo a secretária-adjunta de Saúde, Michele Soraia, o intuito das ações que serão realizadas ao longo do mês é apoiar e valorizar um gesto tão cheio de vida quanto a amamentação. “Nós, profissionais da saúde, temos um papel fundamental nessa construção: de abrir caminhos, incentivar e apoiar verdadeiramente esse ato. Esse incentivo faz uma diferença enorme, tanto na vida do bebê quanto na vida da criança. Que a gente possa sair daqui motivados a falar da importância desse bem tão precioso, porque o aleitamento materno não é só alimento, é uma fonte de amor, é uma fonte de vida”, reforçou a secretária-adjunta.
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Cuidados na primeira infância
A saúde caminha de mãos dadas com a assistência social para garantir que as crianças na primeira infância tenham a segurança alimentar e todos os cuidados assegurados pelo município. Por isso, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) participou da capacitação enquanto comitê gestor da primeira infância.
De acordo com Shirlene Luduvice, gerente da Primeira Infância e supervisora do programa Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a intersetorialidade é muito importante para discutir o aleitamento materno, porque ela fortalece o trabalho com a primeira infância, nesse caso, com a primeiríssima infância, até os três anos de idade. “O aleitamento materno é fundamental para a nutrição do bebê, pois contribui para o seu desenvolvimento. É uma nutrição adequada, rica. O leite materno é riquíssimo em nutrientes”, reforçou a gerente.
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O Programa Primeira Infância no SUAS atende crianças de 0 a 6 anos e gestantes. Durante as visitas feitas às gestantes para orientar, acompanhar o pré-natal, verificar se está tudo certo, também são levadas informações sobre o aleitamento materno. “Essa orientação é essencial para que a gestante já vá conhecendo sobre a pega correta, a importância da amamentação para o bebê, além da interação e do fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, que é algo muito importante”, completou Shirlene.
Multiplicação de Saberes
O coordenador de Promoção à Saúde e Programas Estratégicos, Mário Mendes, foi um dos palestrantes e, em sua fala, destacou a existência de evidências robustas que mostram que o aleitamento materno é uma das medidas mais eficazes na redução da mortalidade infantil por diversas causas, como a diarreia. O leite materno, segundo ele, é um alimento de alto valor nutritivo e baixo custo, essencial especialmente em territórios marcados por extrema vulnerabilidade socioeconômica.
“Nada mais justo, portanto, do que capacitar essas equipes para que consigamos implementar de fato essa prática entre a população. A meta é ampliar o número de famílias que adotam o aleitamento exclusivo até os seis meses de vida do bebê. Por isso, é fundamental preparar os profissionais para que atuem diretamente com as famílias e também repliquem esse conhecimento entre seus colegas nas unidades e territórios em que estão inseridos”, realçou Mário.
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Já a professora do departamento de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Danielle Góes, demonstrou a experiência tanto em pesquisas quanto no atendimento a mães, especialmente no que diz respeito ao aleitamento materno. Para ela, é uma grande oportunidade poder transmitir esse conhecimento para quem está na ponta: os profissionais e técnicos das Unidades Básicas de Saúde que lidam diretamente com essas mães.
“Sabemos que a prática do aleitamento materno precisa ser defendida, apoiada e protegida. E, para isso, é fundamental a existência de um sistema de apoio estruturado que ofereça suporte a essa prática. Isso envolve não apenas as universidades e os sistemas de saúde, mas também o apoio das secretarias, dos locais de trabalho, das empresas, das comunidades, dos grupos de suporte, das próprias mães e, sobretudo, das famílias. Essa rede de apoio é essencial para a promoção do aleitamento materno. Por isso, considero essa iniciativa extremamente relevante”, evidenciou.
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A nutricionista Victória Dayane, que também palestrou no evento, enfatizou a importância de explicar o que é o aleitamento materno, o que é amamentar, como funcionam os bancos de leite, para que os profissionais de saúde e assistência social possam ter autonomia, liberdade, para poder levar essas informações para a mulher, já que eles vão estar em contato direto com elas.
“É extremamente importante desenvolver essas ações para que a gente consiga realmente melhorar ainda mais a situação do aleitamento materno no Brasil e especificamente onde a gente está. Então a gente precisa fazer um trabalho muito de formiguinha, de ir aos pouquinhos partilhando com o profissional, com o outro, para que isso possa sempre chegar na mulher da melhor forma”, concluiu.
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Fotos: Jota Leal
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