Secretaria de Saúde de São Cristóvão reafirma compromisso com a Luta Antimanicomial e promove ações de cuidado em liberdade

No dia 18 de maio, o Brasil celebra o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, uma data que simboliza a resistência ao modelo manicomial de tratamento em saúde mental e a defesa de práticas baseadas no cuidado em liberdade, no respeito aos direitos humanos e na inclusão social. Em São Cristóvão, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem atuado de forma firme na consolidação desses princípios por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), promovendo serviços e ações que reforçam seu compromisso com um modelo de cuidado pautado na liberdade, na escuta e na valorização da singularidade de cada usuário.
A luta antimanicomial vai além da data simbólica e representa um movimento contínuo pela dignidade das pessoas com transtornos mentais. Segundo Maria Edna Santos, coordenadora da Atenção Psicossocial de São Cristóvão, “o dia 18 de maio é um marco da resistência e da transformação no cuidado em saúde mental no Brasil. Tem como base o cuidado em liberdade, a valorização dos direitos humanos e a inserção social das pessoas em sofrimento psíquico.”

Em São Cristóvão, a rede é composta por dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): o CAPS João Bebe Água (Tipo II), localizado no bairro Rosa Maria, e o CAPS Valter Correia (Tipo I), que está no bairro Divineia. Ambos oferecem atendimento diário a pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, incluindo acolhimento diurno, atividades terapêuticas, atendimentos individuais, campanhas educativas e ações intersetoriais articuladas com outros pontos da rede.
Atividades integrativas em alusão ao mês da luta antimanicomial
Como parte das ações alusivas ao mês da luta antimanicomial, a SMS promoveu o InterCAPS, um encontro comemorativo entre os usuários dos dois CAPS da cidade. Realizado no Parque Natural Aloízio Fontes dos Santos, conhecido como Bica dos Pintos, o evento contou com atividades de educação física, dança, educação em saúde, jogos e recreação. A proposta foi incentivar a interação social, promover o bem-estar e fortalecer vínculos entre os participantes.
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Fátima Santana, usuária do CAPS Valter Correia, ficou feliz ao ganhar a brincadeira de “cano de guerra”, mas, para além da brincadeira, destacou a importância da luta antimanicomial em sua vida, ressaltando como o acolhimento no CAPS transformou sua trajetória. “Lá nós somos tratados como gente, como ser humano. Quando cheguei ao CAPS estava em crise e encontrei afeto e cuidado, tanto por parte das profissionais quanto das outras pessoas Elas passam para gente amor, carinho, afeto, as que saíram e as que estão agora”.


Além disso, uma programação especial foi realizada no CAPS II João Bebe Água, com destaque para apresentações musicais, momentos de convivência e a participação do coral formado pelos próprios usuários do serviço.
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Para o psicólogo João Douglas, essas experiências são fundamentais no processo terapêutico: “As atividades promovem a participação ativa dos pacientes. Eles colaboram na organização, brincam juntos, dançam e se sentem parte desses momentos, o que contribui para o desenvolvimento da autonomia. O tratamento não se resume apenas a medicamentos ou terapias ambulatoriais, mas também a essas vivências de interação e participação social.”
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Eliana dos Santos é usuária do CAPS João Bebe Água desde 2018 e, para ela, o serviço é muito mais que acompanhamento psicológico, é acolhimento, afeto e segurança. “Quando eu estou nas minhas recaídas, é lá que eu encontro apoio. Me sinto bem, me sinto acolhida”, afirmou, reforçando o esforço das equipes de atenção psicossocial para atuar na melhora e no acompanhamento dos pacientes. “A doença mental não tem raio-x. Ela maltrata a mente, o corpo, a família. E quem entende a gente é o CAPS. Minha família de sangue é a segunda. O CAPS é a primeira”.
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