São Cristóvão recebe Secretaria de Estado da Saúde para capacitação voltada ao Monitoramento de Estratégias de Vacinação
Nesta terça-feira (09 de julho), a Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão (SMS) se uniu a Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES) para promover uma capacitação sobre o uso do SI-PNI - Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, com o intuito de alinhar e facilitar o registro das doses aplicadas de vacinas de rotina e das campanhas propostas. O encontro informativo faz parte do Monitoramento das Estratégias de Vacinação (MEV), que tem contado com os esforços da SES para apoiar os municípios no aumento das coberturas vacinais.
Na ocasião, o diálogo foi voltado, principalmente, para as vacinas contra poliomielite e sarampo, doenças previamente erradicadas que voltaram a se manifestar no país por conta da redução da cobertura vacinal, graças a notícias falsas que têm afastado o público do conhecimento da importância da imunização. O Ministério da Saúde, junto às secretarias estaduais e municipais, têm trabalhado a conscientização sobre a busca pelas vacinas, para retomar os altos índices de vacinação nacional.
De acordo com a coordenadora de Imunização do SUS São Cristóvão, Ana Therezinha Marques, o monitoramento envolve uma busca ativa para avaliar o cartão de vacinação das crianças do município, e, por isso, os profissionais de saúde devem ter todas as informações para se certificar que esse processo de atualização vacinal seja bem sucedido.
“Estamos nesse processo de formação e entendimento para irmos a campo. Este é um momento muito importante para fortalecer os processos, contando com o apoio do estado e das referências da Secretaria do Estado de Saúde”, ressalta a coordenadora.
Clécia Dantas, referência técnica para o sistema de informação da SES, destaca que o estado, juntamente com o Ministério da Saúde, tem realizado capacitações para a operacionalização do Protocolo de Monitoramento de Estratégias de Vacinação, com o objetivo de buscar as crianças que se encontram com a caderneta de vacinação atrasada.
“O MEV, neste momento, é feito contra a poliomielite e o sarampo no Brasil, e será realizado no período de 17 de junho a 31 de julho de 2024. Conhecido anteriormente no País como Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC), esta ação faz parte dos compromissos assumidos com os países-membros para a erradicação da poliomielite e a eliminação do sarampo, em conformidade com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das suas respectivas Comissões Globais e Regionais. Além disso, os profissionais de São Cristóvão começam a usar o SI-PNI, um sistema recomendado pelo Ministério da Saúde por sua eficiência na rápida disponibilização de dados para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS)”, explica.
O Brasil foi considerado área livre de circulação da poliomielite desde 1994 e voltou a ser classificado em 2023 como uma área de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC), graças aos resultados abaixo da meta nos últimos oito anos. O mesmo aconteceu com o sarampo: em 2016 o Brasil recebeu o certificado de eliminação da doença pela OMS, mas, em 2019, também perdeu o selo após um ano de circulação do vírus em seu território.
Além disso, o ano de 2024 é marcado pela mudança da estratégia vacinal contra a pólio. A partir do segundo semestre, as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) serão recolhidas e substituídas pela vacina inativada poliomielite (VIP), que é intramuscular e injetável. Com a troca de informações e o diálogo, os profissionais de saúde estarão preparados para que todos os sancristovenses sejam atendidos e inteirados das novidades e suas justificativas.
Para Rejane Santana, gerente da UBS Sinval José de Oliveira, a promoção de capacitações como essa é fundamental para que as equipes possam identificar as falhas e realizar a busca ativa nos seus territórios. “A vacinação é e sempre foi essencial. Precisamos não apenas atingir as metas, mas também conscientizar a população sobre a importância de vacinar as crianças como uma questão de saúde pública. Quando vacinamos e imunizamos essas crianças, evitamos várias doenças futuras”, reforça.
Fotos: Heitor Xavier
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