Com o tema “Democratização da Cultura”, a Prefeitura de São Cristóvão, por meio da Fundação Municipal do Patrimônio e da Cultura “João Bebe Água (Fumpac), realizou no último sábado (25), na Universidade Federal de Sergipe (UFS), a 3ª Conferência Municipal de Cultura de São Cristóvão, com a presença de agentes públicos, agentes culturais e sociedade civil. Durante sua programação, houve a discussão do regimento interno, dos três eixos principais e a culminância foi a votação dos delegados para as próximas etapas. 

A conferência municipal é um espaço exclusivo à participação social, ao diálogo e construção coletiva de políticas culturais mais assertivas e voltadas à real necessidade dos artistas de São Cristóvão. Segundo Neto Astério, coordenador municipal de Arte e Cultura, o momento foi guiado por três eixos temáticos: gestão, governança e participação social na cultura; fomento, financiamento e economia da cultura; formação, produção, difusão, preservação e diversidade cultural. 

“A partir dos debates, construímos propostas e definimos metas que serão incluídas no Plano Municipal de Cultura e também levadas para a Conferência Estadual e para a Conferência Nacional de Cultura. Esses documentos serão fundamentais para acompanhar, fiscalizar e garantir avanços nas políticas culturais de São Cristóvão”, complementou Astério. 

Paola Santana, presidenta da Fumpac, destacou a importância da conferência. “É um momento importante para consolidar tudo o que foi construído ao longo do ano e nas etapas da pré-conferência. As discussões e validação foram construídas neste espaço que é de diálogo e escuta entre a gestão e os fazedores de cultura, além da delegação que representará o município nas próximas conferência: estadual e federal”. 

Presente no momento, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Pascoal Maynard, parabenizou as iniciativas de São Cristóvão e destaca o seu pioneirismo em várias ações em prol da cultura do município e do estado. “São Cristóvão está saindo na frente. A cidade mãe  vem se consolidando como uma grande referência na produção cultural do estado, não só pelo Fasc, mas pelo trabalho contínuo de preservação da memória, da história e das manifestações culturais. Esse compromisso merece ser reconhecido”. 

Júlio Nascimento, prefeito da cidade, se orgulhou em ver a plateia engajada na conferência. “É uma alegria ver nossa cultura sendo fortalecida com a participação de todos. Essa conferência é fundamental para ouvir nossos artistas, consolidar políticas públicas e garantir que São Cristóvão continue sendo referência cultural em Sergipe.”

Danilo Duarte, representante do Conselho Municipal de Política Cultural, defende a conferência como uma ferramenta de participação social, um espaço que existe, justamente, para reunir propostas, analisar e discutir o que vem dando certo e o que precisa melhorar.  “Mas tudo isso só é possível com a participação da sociedade civil e dos agentes culturais. Em São Cristóvão, nós temos muitos agentes atuantes, que contribuem e fortalecem o setor. Um momento importante de debate, de construção coletiva, que precisa ser aproveitado por toda a sociedade sancristovense”. 

E como um produtor cultural atuante desde sempre, Edmilson dos Santos, mestre em Capoeira, participou da abertura com apresentação junto a Lira Sancristovense de Capoeira, composto por homens e mulheres de diferentes faixas etárias. “A capoeira tem relevância em todos os momentos, ela é universal, presente em mais de 162 países, e é essencial entender seu significado para a cultura e para a vida humana, esse é um dos pontos em que participei da conferência. O outro, é justamente o objetivo da iniciativa, a escuta e a oportunidade de falar sobre os nossos anseios, especialmente no quesito remuneração, nossas metas e o que queremos para o nosso futuro, e falo nós como todos que fazem cultura em nosso município”. 

A culminância do evento ocorreu com a eleição dos delegados. Foram escolhidos três delegados: dois representantes da sociedade civil e um da gestão governamental. Ao todo, foram definidos três titulares e três suplentes.

Fotos: Heitor Xavier