Papo Jovem promove roda de conversa sobre juventude e diversidade no Colégio Estadual Elísio Carmelo

No último dia 13, o Colégio Estadual Elísio Carmelo sediou mais uma edição do Papo Jovem, um evento que busca promover diálogos importantes sobre a juventude e a diversidade. A atividade foi promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), com a presença da equipe do Conselho Tutelar do município e da Associação Astra- Direitos Humanos e Cidadania, com a abordagem destinada aos alunos do nono ano ao Ensino Médio.
O evento teve como objetivo proporcionar um espaço de reflexão e debate acerca dos desafios enfrentados pela juventude atualmente, com enfoque na valorização da diversidade e no combate à discriminação e ao preconceito.

Durante a roda de conversa, os participantes puderam trocar experiências e discutir temas relevantes, como a importância da representatividade, a luta pelos direitos das minorias e a conscientização sobre as diversas formas de violência sofridas pelos jovens. Estudante do terceiro ano, Jass opinou sobre a importância desse diálogo nas escolas.

“É muito importante, pois tem muitas pessoas, principalmente no meio escolar, que não entendem sobre esse assunto que não é abordado dentro de casa e, geralmente, possuem uma visão superficial do que seria isso e que podem gerar desconfiança. Além de essa falta de conhecimento, é gerado muitos problemas como o preconceito, brincadeiras de mau gosto, piadinhas, e enxergam isso como algo de entretenimento pessoal, mas para quem está ouvindo pode ser um gatilho e acarretar outros problemas”, declara Jass.
A coordenadora de políticas públicas para a população LGBTQIA+ da Semas, Sandra Sena, destacou a importância de ações como o Papo Jovem para disseminar informações e estimular o respeito à diversidade. Segundo ela, é fundamental criar espaços de diálogo e reflexão que inspirem os jovens a se tornarem agentes de transformação social.

“Além de trazer esse importante diálogo para comunidade estudantil, trouxemos a ASTRA que é hoje é o centro de referência do município, que fala e cuida da população LGBT junto conosco, com a coordenadoria e o Conselho Tutelar também presente. Esse diálogo pretende desmistificar um pouco sobre o trabalho do Conselho Tutelar, sobre o trabalho da população LGBT, o que é o acolhimento ao próximo, como tratá-los melhor em todas as diversidades, e a gente está falando de raça, gênero, independente de orientação sexual. Além disso, reforçamos sobre o setembro amarelo e o que ele representa”, compartilha Sandra.
A participação da ASTRA trouxe um olhar externo ao contexto escolar, enriquecendo ainda mais o debate. A organização, conhecida por seu trabalho em prol da inclusão social e dos direitos humanos, incentivou os alunos a se envolverem em projetos sociais a pautarem todas as suas ações com base no respeito a todos.
“É muito legal a gente trazer esses temas e esse debate para dentro da escola, porque sabemos que a escola é o reflexo do que é a nossa sociedade. Então, a gente tá aqui com vários adolescentes, vários jovens que estão nesse processo de formação intelectual com relação a entender as especificidades dessa sociedade. E é justamente nesse momento que a gente vem aqui para quebrar as questões do preconceito, para falar sobre diversidade, a diversidade de pessoas, das pessoas pretas, de violência contra a mulher e também da população LGBTQIAPN+ que dentro desse circuito é uma das populações que mais sofrem”, enfatiza Maria Eduarda Marques, secretária da ASTRA e assistente social do centro de referência.

Para Sérgio Lima, psicólogo do colégio Estadual Elísio Carmelo, é um encontro significativo para todos da comunidade escolar, pois é um momento de grande aprendizagem e oportuno para buscar melhorar a cada dia o acolhimento nesse ambiente. “É com muita alegria que recebemos esse momento importante aqui na nossa escola, que trata sobre a temática da diversidade. Vivemos em uma sociedade recheada de preconceitos, de estigmas e os adolescentes estão fazendo atravessamentos muito difíceis, reproduzindo padrões de julgamentos e preconceitos que foram formados com o seu crescimento”.
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Fotos: Dani Santos
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