Em parceria com a UFS, São Cristóvão inicia curso sobre Saúde da População Negra

A Prefeitura de São Cristóvão, juntamente com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), realizou nesta manhã a aula inaugural do Curso de Extensão em Saúde da População Negra. Desenvolvido pela Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), o curso será realizado ao longo de quatro semanas especialmente para os servidores municipais, buscando envolver as secretarias que mais trabalham com a população negra do município, fornecendo informações que combatam, por exemplos, o racismo estrutural e as desigualdades, tornando os serviços públicos cada vez mais igualitário.
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Elaborado pela Coordenação de Igualdade Racial da Fumctur, o curso tem a missão de unir todas as secretarias para uma efetiva implantação de políticas públicas que visam a equidade racial no município. “Quando nós falamos em saúde da população negra, isso traz consigo uma carga que não diz respeito somente às questões ligadas à saúde, pois existem outras questões envolvidas. Esse curso é importante para que seja formada uma cadeia que desenvolva um trabalho em conjunto com a saúde, a assistência social e a educação, todas unidas em uma só causa”, destacou a coordenadora municipal de promoção e igualdade racial, Acácia Maria Santos.

Inicialmente, o curso de extensão será voltado para os trabalhadores da Secretaria de Saúde (SMS), da Secretaria de Educação (Semed), e da Secretaria de Assistência Social e do Trabalho (Semast), que possuem ações e medidas específicas para a população negra. De acordo com Roberto Lacerda, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UFS (Neabi), “o objetivo é sensibilizar os servidores da SMS, Semast e da Semed para compreender quais as demandas específicas dessa população. A partir desse curso, nós pretendemos fomentar esse olhar para outras demandas encontradas a fim de construir planos de trabalho, que correspondam a essas especificidades”, pontuou.

Segundo os organizadores, neste momento, o curso servirá também como um fator teste com possibilidade de expansão para quando a situação sanitária, em relação ao novo coronavírus for amenizada, e certamente funcionará como um canal de discussões e ações para conselheiros de saúde, lideranças comunitárias, movimentos sociais e outros setores.

Segundo a coordenadora de tecnologias sociais e ambientais da Pró-Reitoria de Extensão da UFS (Proex), Tereza Raquel, o curso tem a característica de identificar as necessidades da população negra, e provocar discussões para que seja possível mudar a realidade e fazer com que os negros tenham uma melhor qualidade de vida na comunidade. “A extensão é o braço da universidade junto à sociedade. É quando a universidade vai para a sociedade, junto às diversas comunidades, ver qual a demanda e o que pode ser feito e assim aproximar alunos e professores para melhorar esse panorama. A Proex tem essa iniciativa. Vem a ser um pilar forte dentro da sociedade”, explicou Tereza.
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Fotos: Dani Santos.
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