Ação de bloqueio vacinal contra catapora reforça cuidados contra incidência da doença em São Cristóvão

Após alguns casos de catapora acontecerem em São Cristóvão, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pleiteou junto à Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde o bloqueio vacinal contra a catapora (Varicela) na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Martinho de Oliveira Bravo, localizada no bairro Rosa Elze. Esta semana, a equipe de saúde de referência da região junto às coordenações da SMS realizaram dois dias de vacinação para todos os estudantes e servidores que nunca tiveram catapora ou que não tinham o ciclo de imunização completo na escola, certificando-se de bloquear completamente a circulação da varicela entre a comunidade local.
O bloqueio vacinal contra a varicela é uma medida de vacinação seletiva voltada a reduzir a transmissão em locais de maior risco, como hospitais, escolas, creches, presídios, asilos e reservas indígenas. Essa estratégia considera a idade, o histórico de imunização e a disponibilidade de vacinas. A coordenadora municipal de Vigilância Epidemiológica em Saúde, Rosely Mota, explicou que a SMS iniciou as medidas de controle assim que foi notificada dos primeiros casos da doença, com ênfase no isolamento dos casos infectados, levando também orientações sobre a importância da higienização das mãos com água e sabão e da limpeza dos locais de maior contato das crianças, como mesas e cadeiras.

“Seguimos o instrutivo do Ministério da Saúde de 2025, que autoriza essa ação apenas em creches, aldeias indígenas ou hospitais. Para outros locais, é necessária a liberação das três esferas de gestão do SUS (municipal, estadual e federal). Inicialmente, não houve autorização, e a orientação era manter apenas as medidas de controle já adotadas. No entanto, com o aumento de casos na semana passada, entramos novamente em contato com o Estado e com o Ministério. Foi então que houve a liberação do bloqueio vacinal. Assim que recebemos a autorização, solicitamos as vacinas ao Estado e realizamos a imunização na EMEF Dr. Martinho de Oliveira Bravo”, descreveu Rosely.

De acordo com Marcello Matos, assessor da coordenação de Imunização em São Cristóvão, todos os estudantes vacinados foram devidamente autorizados pelos pais ou responsáveis. Além disso, ele reforçou que o imunizante contra a varicela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.
“A vacina contra a varicela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, de segunda a sexta, das 8h às 18h. A faixa etária de rotina vai de 6 meses a 6 anos. Porém, de forma extraordinária, hoje vacinamos também crianças e adolescentes de 7 a 12 anos. Além disso, em outubro, teremos a Campanha Multivacinal, que vai atualizar o calendário vacinal e incluir a ampliação da faixa etária da vacina contra o HPV, que agora poderá ser aplicada também em adolescentes de 15 a 19 anos que ainda não receberam nenhuma dose. Essa é mais uma estratégia para garantir a proteção da nossa população”, detalhou.

A diretora da escola, Eliana Ferreira, notificou, desde o primeiro caso, a incidência de varicela para a Secretaria de Saúde e, para a ação, foi feita a verificação dos cartões de vacina das crianças para avaliar se precisavam da segunda dose. “Nesta semana, não apareceram novos casos entre os alunos. Como já ocorreram duas ações de bloqueio vacinal na escola, acreditamos que agora vamos conseguir controlar a situação”, garantiu.

Para a estudante Arianny Dias, de 14 anos, a ação de bloqueio foi uma forma de tranquilizar a preocupação em ser infectada. “Eu estava muito preocupada com a situação, da possibilidade de ser infectada também, mas agora que tomei a vacina, já estou mais protegida, estou mais segura”, concluiu.

Fotos: Jota Leal
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