Secretaria de Saúde de São Cristóvão promove ação de imunização e cuidados com a saúde na UFS
Nesta quarta e quinta-feira, 14 e 15 de maio, a Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão (SMS) deu início a um ciclo de ações voltadas à imunização, testagens e educação em saúde no Centro de Ciências Agrárias Aplicadas (CCAA) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A iniciativa tem como objetivo proteger estudantes, professores e técnicos que atuam diretamente com animais e maquinário rural, por meio da aplicação de vacinas contra a raiva, o tétano e outros imunizantes previstos no calendário.
A ocasião é voltada para a proteção de participantes dos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Engenharia de Pesca, Medicina Veterinária e Zootecnia, a convite do CCAA, que tem sido parceiro da SMS há quatro anos em ações como essa. Além da vacinação, foram realizados testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), coleta de sangue para avaliação da resposta imunológica e orientações para prevenção de doenças.
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De acordo com Ana Therezinha Marques, coordenadora da Imunização de São Cristóvão, tanto os profissionais quanto os alunos têm um risco aumentado de raiva pelo contato com cães, gatos, raposas e outros animais que circulam no campus, pois estudam e trabalham com eles. Por isso, é fundamental que, antes de acontecerem os acidentes, a imunização esteja em dia.
“Além de várias vacinas que a gente trouxe para esse público, a gente também trouxe teste rápido para ISTs, que também é um público importante para fazer, além de panfletos e orientações. Estamos fazendo a coleta de sangue, porque depois que fazemos a vacinação antirrábica, precisamos garantir que essa vacina soroconverteu, que está valendo e que está tudo bem. São vários serviços e a ação não acaba hoje. Este é o primeiro dia, mas na próxima semana a gente está aqui de novo. Daqui a 14 dias a gente está aqui de novo para garantir que todo o serviço seja ofertado do início ao fim”, explicou a coordenadora.
A diretora do Centro de Ciências Agrárias Aplicadas, Carolina Nunes, reforçou que desde 2022 o diálogo entre universidade e Secretaria de Saúde tem firmado o compromisso com essa ação, com a ideia de cuidar da comunidade universitária, exposta a todos esses riscos. “Agora juntamos a campanha de vacinação com o acolhimento dos calouros. Tivemos nessa semana a entrada de uma turma nova. A ideia é que os alunos que estão chegando já comecem o seu processo de aprendizagem imunizados”, completou.
Para Laysa Minelli, caloura de Zootecnia, a prevenção foi uma forma de se sentir mais segura ao longo do curso. “Eu vim para a vacinação hoje para me prevenir. Há muito tempo que eu não tomava vacina, então hoje eu aproveitei a oportunidade para vir e me vacinar logo, contra a gripe e a raiva”.
O professor Jodnes Vieira também garantiu sua imunização, afirmando que era uma ação importante para a comunidade geral e para seus colegas, que, como ele, estão sempre trabalhando com animais e, às vezes, com equipamentos agrícolas que podem estar enferrujados. “Essas vacinas vão auxiliar no nosso trabalho de campo, principalmente”, realçou.
Vacina antirrábica para humanos
A vacina antirrábica para humanos é uma vacina inativada usada para prevenir a raiva e pode ser aplicada tanto antes quanto após a exposição ao vírus. A vacinação pré-exposição é indicada para pessoas com maior risco de contato com o vírus, como veterinários e outros profissionais que lidam com animais.
Daniella Fraga, coordenadora de Vigilância Ambiental em Saúde, explicou que a raiva é uma doença grave e quase sempre fatal, mas que pode ser evitada com a vacinação correta. “Quando há a possibilidade de contato com o vírus, a chamada profilaxia pós-exposição deve ser feita o quanto antes e pode incluir a vacina e, em alguns casos, a aplicação de soro. Esses cuidados são essenciais para garantir a proteção da população, especialmente em áreas onde a raiva ainda circula”, destacou.

Além disso, é essencial que a SMS assegure a saúde dos trabalhadores, acompanhando o esquema vacinal e o nível de imunização daqueles que trabalham em contato com animais. “Vacinação elimina ou reduz drasticamente o risco de adoecimento ou de manifestações graves, que podem levar à internação e até mesmo ao óbito”, frisou Cátia Ferreira, referência técnica de Vigilância da Saúde do Trabalhador no município, enfatizando que um ambiente de trabalho mais seguro é de extrema importância para a saúde de toda a população.
Fotos: Inacio Prado
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