Projeto Sacuritá entra em fase de análise de água e maçunins de várias localidades de São Cristóvão

Nesta quarta-feira (09), foi realizado o terceiro encontro com lideranças das comunidades de São Cristóvão envolvidas no Projeto Sacuritá. Na ocasião, foram entregues amostras de água e unidades de maçunins vivos para realização de análises laboratoriais. A ação integra uma das etapas iniciais do projeto, que visa fomentar a economia sustentável, valorizando o trabalho de marisqueiras e pescadores locais, além de explorar o potencial turístico e aquícola da região.
O Sacuritá é uma iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Prefeitura de São Cristóvão, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Aquicultura e Pesca (Semagri), e a Universidade Federal de Sergipe (UFS). O projeto está incluído no “Projeto Ostras Depuradas”, desenvolvido pela Embrapa, que será implementado em povoados de São Cristóvão. A proposta contempla também os estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, com um investimento de cerca de R$ 1 milhão, repassado pelo Governo Federal por meio do Ministério da Pesca e Aquicultura.
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A execução do projeto inclui atividades como cultivo de espécies, valorização dos resíduos das conchas e incentivo ao turismo comunitário. As ações foram iniciadas no primeiro semestre de 2025 e, atualmente, estão na fase de análise da água e dos maçunins vivos, em laboratório da Embrapa.
De acordo com Jefferson Legat, coordenador do projeto na Embrapa Tabuleiros Costeiros, esta fase corresponde ao mapeamento das áreas de cultivo. “A ideia é termos uma visão geral e depois irmos de fato a campo. Os maçunins entregues hoje vão ser levados para o nosso laboratório, e vamos começar a fazer o processo de desova deles para a produção de sementes. Entende-se como laboratório os nossos viveiros”, esclarece o coordenador.
O pesquisador enfatiza que o projeto objetiva contribuir com a construção coletiva de ações que busquem melhorias para esta classe, ouvindo e dialogando com as comunidades de marisqueiras, considerando suas particularidades e diferenciais locais. “Tudo para que elas possam produzir com mais tranquilidade, melhorar condições de trabalho em relação à EPI, ergonomia e segurança alimentar”.
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Edmilson Brito, secretário da Semagri, enfatiza a importância das parcerias entre as instituições. “É uma parceria muito proveitosa com a Embrapa e a UFS para ampliar ainda mais o potencial de lucratividade da nossa gente, das nossas comunidades ribeirinhas. É uma atuação que estamos trabalhando, incentivando e fomentando esse trabalho que é tão importante e que tem muito para oferecer, possibilitando melhores condições de trabalho e renda para aquelas que o fazem”.
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A diretora municipal de Aquicultura e Pesca, Elaine de Jesus, pontua os próximos passos do projeto em São Cristóvão. “Nesta quarta-feira aconteceu o terceiro encontro para a discussão do projeto, vamos iniciar a fase de análises e nos prepararmos para o próximo passo que é o georreferenciamento dos manguezais aqui da cidade. A ideia é que as próprias comunidades identifiquem as áreas onde o projeto será aplicado, fortalecendo o protagonismo local”.

Tratando-se de protagonismo, fez-se presente na reunião o diretor de Turismo, Márcio Ramos, para tratar sobre o desenvolvimento de práticas turísticas a partir de todos os saberes e potencialidades pautadas no trabalho dos manguezais e na imersão da vivência profunda com o cotidiano dessas trabalhadoras. “O turismo vem como um instrumento mesmo de valorização desses saberes, valorização dessas comunidades, para que a gente consiga fortalecer a economia local e ampliar o protagonismo dessas mulheres, dessas comunidades, no planejamento e na oferta turística do município”.
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Maria Edelma da Conceição, marisqueira do povoado Arame II, se alegra pela iniciativa do projeto na comunidade e com todos os benefícios que o mesmo proporcionará. “Foi uma iniciativa pensada justamente para melhorar a nossa produção, tanto em qualidade quanto em quantidade. Trará um fortalecimento na pesca artesanal, aumentar a renda de cada um de nós, e impulsionar a economia local. E isso nos deixa muito contentes, com esperanças de um futuro melhor para nossa classe”.
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Fotos: Erica Xavier
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