Prefeitura realiza primeiro encontro do projeto “Quem Ama Protege” com pais e responsáveis de crianças atípicas

A prefeitura de São Cristóvão, por meio da Secretaria Municipal de Educação, realizou no dia 12 de setembro, na Universidade Federal de Sergipe (UFS) o primeiro encontro do projeto “Quem Ama Protege” com pais e responsáveis de alunos da Educação Especial. A iniciativa tem o objetivo de estimular a participação ativa dos pais nas escolas, contribuir para o processo de ensino e aprendizagem das crianças e promover a proteção integral dos alunos.
“O projeto surgiu a partir das observações feitas nas escolas, onde se identificou a necessidade de envolver os pais para desenvolver um trabalho direcionado ao atendimento das necessidades dessas crianças”, explicou a assistente social Edilma Barrozo dos Santos.

O evento contou com os responsáveis por alunos atípicos de onze escolas da região do Complexo Urbano do Grande Rosa Elze. No dia 19, aconteceu um segundo encontro, abrangendo os povoados e as escolas do Centro Histórico. Ao longo do projeto, serão realizados 32 encontros nas escolas, com temáticas que serão definidas de acordo com as demandas das famílias e das crianças. Esses encontros também terão um foco especial na prevenção do abuso infantil, exploração e violência doméstica.
"É importante resgatar o papel da família nesse processo de inclusão e conscientização e contribuir para a formação de uma sociedade mais inclusiva, através de um ambiente de apoio mútuo, onde as mães possam contar com a escola e a comunidade para enfrentar os desafios do dia a dia e aprender a lidar melhor com as necessidades de seus filhos”, destacou a secretária de educação, Deise Barroso.

O encontro contou com a palestra da psicopedagoga Lícia Vasconcelos, que abordou os desafios contemporâneos que as crianças atípicas enfrentam, além de oferecer orientações para lidar com essas questões, como o preconceito, os desafios emocionais e a falta de compreensão sobre condições como autismo, TDAH, deficiência intelectual e síndrome de Down.
O foco foi abordar as dificuldades das famílias em entender as patologias e a busca por ajuda adequada. “compartilhei dicas sobre como lidar com a ansiedade das crianças, comportamentos agressivos, a importância da estimulação cognitiva, o papel do brincar e a relevância de terapias e intervenções precoces. Também abordei a importância de acreditar no desenvolvimento dessas crianças e investir no seu avanço”, contou a palestrante.

A mobilização para o evento envolveu diretores das escolas, e o município disponibilizou transporte para garantir a participação das famílias. A intenção é criar uma rede de apoio e diálogo, capacitando as famílias a lidarem com os desafios diários e, assim, promover a inclusão e o bem-estar das crianças. Andreza Silva, é mãe de criança atípica e explica que um dos filhos está passando por um processo de descoberta, pois foi identificado com autismo recentemente: “a professora dele mencionou que seria importante eu participar dessa palestra, então achei que seria uma boa oportunidade para aprender mais sobre o assunto”.

Já Vera Ramalho, é avó de criança atípica e destaca que foi ao encontro para entender melhor as situações que a criança enfrenta, buscando saber como lidar com as situações e transmitir essa compreensão para o restante da família.
“Eu quero ensinar os outros membros da família a respeitar essas diferenças e a perceber os desafios que a criança enfrenta, para que a convivência com o meu neto seja mais leve e harmoniosa, não só para ele, mas para todos”, concluiu Ramalho.

Fotos: Heitor Xavier
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