Curso de Saúde da População Negra é finalizado com entrega de certificados para participantes

Na manhã desta sexta-feira (15), a Prefeitura de São Cristóvão por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), realizou a entrega dos certificados de conclusão aos participantes do curso de extensão sobre a saúde da população negra, realizado em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) para servidores da administração municipal. O evento também marcou a apresentação do projeto “Saúde nos terreiros”, que visa atender as demandas de saúde específicas de cada espaço.
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De acordo com Paola Santana, presidenta da Fumctur, o curso foi pensado para ser o pontapé inicial de construção de políticas voltadas para a população de matrizes africanas, população essa que representa aproximadamente 70% dos habitantes sancristovenses. “As pessoas de São Cristóvão precisam se reconhecer negras e defender isso. A gente tem um leque de atividades que podem ser feitas, estamos sempre dispostos para o que a UFS propor, para o que as casas de matrizes africanas quiserem somar para trabalhar junto e ensinar a essas pessoas a defesa desse movimento”, falou Paola.

Paola Santana
O coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UFS (Neabi), Roberto Lacerda, disse que foi muito importante reunir servidores para debater sobre relações sociais no Brasil, o perfil epidemiológico da população negra em São Cristóvão, com as principais causas de adoecimento e morte aqui na cidade. “A partir das nossas pesquisas e dados obtidos, conseguimos elaborar um promissor plano de ação que visa a constituição de um Comitê de Promoção de Equidade em São Cristóvão. Para a criação desse Comitê, vamos contar com a Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação, a Assistência Social, a Fundação de Cultura e membros dos movimentos sociais, que vão pensar em políticas públicas que promovam a saúde e a qualidade de vida da população negra”, explicou Roberto.

Roberto Lacerda
Roberto ainda afirmou que “a ideia inicial era fazer esse curso aberto, para membros da comunidade e população. Por conta da pandemia, tivemos que restringir apenas aos servidores e de forma remota. Mas nós esperamos que com a melhora do quadro da pandemia, a gente consiga fazer esse curso de promoção da equidade com uma carga horária maior e com público externo.”

Acácia Maria Santos, coordenadora de promoção e inclusão da igualdade racial, avaliou positivamente o curso, e disse que as expectativas foram atingidas. “Nós pensamos em fornecer esse curso para os servidores, para que eles pudessem entender um pouco sobre a saúde da população negra, e tendo isso em vista, nós alcançamos nosso objetivo. Já ficaram algumas coisas definidas desses encontros, a exemplo do comitê que será criado”, finalizou Acácia.

Acácia Santos
Apresentação do projeto “Saúde nos Terreiros”
O evento também serviu para a apresentação de um projeto focado no serviço de saúde das pessoas destes espaços de matrizes africanas. De acordo com Priscila Lírio, referência técnica em saúde da população negra, a iniciativa busca “compreender o que eles entendem de saúde a partir das tradições do terreiro, e como a gente pode promover um melhor serviço em saúde para essa parcela específica.”
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Priscila Lírio
Fotos: Inácio Prado
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