Arquivo Público de São Cristóvão sedia a exposição fotográfica Mani Oca: a casa dos Santos de Jesus
O Arquivo Público Municipal de São Cristóvão, por meio do projeto “Protagonismo e Memória”, que possui o intuito de dar visibilidade e criar políticas públicas voltadas para a preservação e difusão da memória coletiva da comunidade conhecida como “Cidade Baixa”, sedia a exposição “Mani Oca: a casa dos Santos de Jesus” da fotógrafa Adriana Hagenbeck com curadoria da museóloga Sayonara Viana. O trabalho contempla a prerrogativa nos âmbitos do saber-fazer, que busca prestigiar a gastronomia regional da comunidade Colônia dos Pintos. A abertura aconteceu no dia 08 de agosto e ficou aberta até o final do referido mês.
De acordo com o diretor do Arquivo Público Municipal, Adailton Andrade, a exposição, além de demonstrar o profissionalismo e qualidade dos registros feitos pela fotógrafa, revela a força tradicional da família Santos de Jesus, oriunda da comunidade da Colônia dos Pintos. “Essa família vem se dedicando às receitas dos seus antepassados no preparo de iguarias à base de macaxeira, preservando no seu dia a dia a cultura e memória do seu território”.

A exposição também faz parte das celebrações da Semana Nacional da Fotografia, e o Arquivo, para além do seu trabalho regular de salvaguarda da memória documental da cidade, assume a missão de trazer visibilidade e empoderamento aos grupos e comunidades. “Grupos e comunidades que foram postos à margem ao longo dos anos, têm sido apoiados em sua busca por protagonismo e pela garantia de seu 'lugar ao sol', tornando-se participantes efetivos e vitais na história do município."
A exposição
Os registros foram realizados em várias visitas da fotógrafa à Fábrica Santa Helena, o local de produção dos alimentos que, quando finalizados, são distribuídos para feirantes e lojistas do todo o estado. São 18 fotos que retratam, literalmente, a mão na massa de pessoas que perpetuam a potência de seus saberes tradicionais. Além disso, a exposição mostra elementos simbólicos no preparo dos alimentos como o forno, a peneira, as bacias, entre outros.
“A aproximação do saber-fazer tão ancestral, herança indígena que nos alimenta através dos tempos, a dedicação e amor dessa família, me encheram de emoção e prazer em fazer esse trabalho”, conta Adriana Hagenbeck.

Roda de Conversa
Em 14 de agosto, ocorreu uma roda de conversa entre a fotógrafa e alguns servidores do arquivo com o objetivo de compartilhar a ideia central da exposição, dos trabalhos fotográficos e seus envolvidos.
Francisco Carmelo, será um dos responsáveis em receber os visitantes na exposição e dialogar sobre ela, multiplicando o conhecimento que as fotos e a história por trás dela quer passar, além do forte valor cultural. O servidor do Arquivo afirma que a importância da exposição está na valorização do patrimônio material e ambiental da comunidade. “A exposição busca conectar diferentes gerações, desde pessoas com mais experiência que já se familiarizaram com esse patrimônio, até jovens e adolescentes, promovendo uma consciência coletiva sobre a riqueza cultural e natural da região”.

Adriana Hagenbeck confirma que o foco principal da exposição é educativo. “É trazer as escolas, trazer os estudantes para que eles possam se reconhecer também e entender a importância que isso tem através das gerações.

Fotos: Heitor Xavier
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