Agricultores de São Cristóvão participam da 3ª edição do Seminário Estadual de Agrobiodiversidade e Sementes Crioulas

Com apoio da Prefeitura de São Cristóvão, a 3ª edição do Seminário Estadual de Agrobiodiversidade e Sementes Crioulas iniciou nesta quarta-feira (19) e seguirá até a próxima sexta-feira (21) na Universidade Federal de Sergipe (UFS). O evento aborda maneiras de consumo de sementes crioulas e cultivos de forma mais sustentável.
Agricultores da Cidade Mãe de Sergipe estão aproveitando o momento de multiplicação do conhecimento a respeito da Agrobiodiversidade para abordar questões cotidianas vivenciadas na cidade e absorvendo novas maneiras de melhorar suas produtividades na prática. Além dos momentos de rodas de conversas com lideranças, professores e pesquisadores do ramo agroecológico, os agricultores sancristovenses vão expor produtos na Feira Estadual de Agrobiodiversidade.
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Segundo o diretor municipal de Agricultura, Wesley Félix, é um momento oportuno para garantir novos conhecimentos e novas habilidades de cultivo, especialmente de uma forma sustentável, com mais segurança alimentar, sem agrotóxicos. “A Prefeitura está adquirindo sementes crioulas, que, ao contrário das transgênicas, não possuem patente e não tornam o pequeno agricultor refém da compra. Ao preservar e reutilizar suas sementes, os agricultores mantêm um legado genético transmitido por gerações, garantindo a continuidade da agrobiodiversidade e a soberania alimentar”.

Jielza Correira, moradora do Acampamento de Reforma Agrária do povoado Cabrita, esteve presente na abertura do evento e participou de uma mesa redonda representando os agricultores do município. Para ela, é uma satisfação fazer parte de um evento com agricultores de várias localidades de Sergipe, além de ajudar a levar informação sobre a agrobiodiversidade para todos os que estavam presentes.
“É uma forma de proporcionar formação e entendimento sobre esse assunto tão importante, e fortalecer a luta pela preservação da agrobiodiversidade, que é essencial para a sustentabilidade, combate à fome e que promove a diversidade alimentar. Para nós, pequenos agricultores, essa diversidade é fundamental para garantir a segurança alimentar e a continuidade de nossas práticas agrícolas”, enfatiza Jielza.

A moradora também enfatizou sobre as sementes crioulas, que têm fundamental importância, não apenas para a alimentação, mas também para a preservação cultural dos povos antepassados. “Enquanto líder de movimento social, moradora do povoado Cabrita, esse tema é essencial. Nossa luta inclui a reforma agrária e a regularização fundiária, pois sabemos que garantir a terra é garantir a soberania alimentar. Seguimos firmes na luta pela manutenção da nossa cultura, pela saúde, por comida saudável baseada na agroecologia e por uma economia solidária e popular. Esse é o nosso compromisso!”.
O evento seguirá até a sexta-feira (21), com uma extensa programação que contempla oficinas, palestras e feiras.

Realização
O evento é uma realização da Associação de Camponeses e Camponesas do Estado de Sergipe (ACCESE), Instituto Federal de Sergipe (IFS), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Movimento Camponês Popular (MCP), Universidade Federal de Sergipe (UFS), em apoio com a Prefeitura de São Cristóvão e outros parceiros.
Fotos: Heitor Xavier
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