22/05/2025

Flores para Todos: Prefeitura de São Cristóvão e UFS orientam agricultores familiares sobre comercialização de flores de corte

Nesta quinta-feira (22), agricultores familiares de São Cristóvão participaram de mais uma etapa do Projeto Flores para Todos, com a realização de uma oficina voltada para a comercialização de flores de corte, especialmente os girassóis. O encontro aconteceu no Assentamento Nossa Senhora D'Ajuda, no povoado Cabrita, e contou com a presença de lideranças das três comunidades contempladas pelo projeto e representantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS). 

A oficina teve o objetivo de orientar os agricultores sobre estratégias de comercialização das flores de corte, abordando temas como formação de preços, identificação de datas comemorativas com alta demanda, negociação com floriculturas e oportunidades no segmento de eventos. A ação reforça o compromisso do projeto com a geração de trabalho e renda, além da valorização da agricultura familiar através de uma cadeia produtiva ainda pouco explorada no estado. 

O projeto é uma parceria entre a Universidade Federal de Sergipe e a Prefeitura de São Cristóvão, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Semdet), que atende 40 famílias de agricultores familiares do Assentamento Nossa Senhora D’Ajuda, Acampamento Emília Maria e Assentamento Florestan Fernandes, que foram as comunidades selecionadas para a execução do projeto. Com foco em práticas sustentáveis e de baixo custo, o projeto busca empoderar as comunidades locais, incentivando a produção de flores de corte, uma atividade de fácil manejo e de grande potencial econômico. 

Neusa Malheiros, diretora municipal do Trabalho, afirma que as perspectivas do projeto no município são boas e que a cada oficina é notado o grande desenvolvimento e empenho responsável das comunidades para com o projeto. Ela compartilha que esta oficina é mais uma de muitas que ainda estão por vir, e que contou especificamente com o compartilhamento de ensinamento e saberes a respeito da comercialização das flores. “Nós da Prefeitura e da UFS devemos fazer pontes e e articulação com o mercado local de flores. E estamos falando de floriculturas, eventos, datas comemorativas, que são apenas alguns exemplos do mercado que já existe e precisa dessa produção”. 

A diretora acrescentou ainda que a iniciativa é pioneira no estado e, mais uma vez, São Cristóvão segue na frente apresentando desenvolvimento, valorização e maneiras de promoção de trabalho e renda para a população sancristovense. “A Prefeitura está apostando nesse projeto como algo que realmente pode se consolidar no município, como uma área de agregação de valor à agricultura familiar. É uma iniciativa que dialoga com o que já é produzido, como a mandioca, e que começa com o girassol, mas com a intenção de, futuramente, incluir outras espécies de flores nessa cadeia produtiva”, partilha Neusa. 

Neusa Malheiros, diretora municipal do Trabalho

Maria Aparecida, coordenadora do projeto em Sergipe e professora do Departamento de Agronomia da UFS, enfatiza como o apoio da Prefeitura foi de grande relevância. “Tivemos o apoio, inclusive, na compra das sementes, que é o maior custo na produção do girassol, esse suporte foi essencial. A nossa ideia agora é expandir o projeto para outras comunidades”. A coordenadora ainda enfatiza que as oficinas são importantes para os agricultores, pois existem pontos chaves que fazem toda a diferença na hora da comercialização. Esta capacitação se torna indispensável, bem como o cultivo de maneira correta. “Curiosamente, praticamente não tivemos desafios com o cultivo, o projeto se deu muito bem aqui na região. As oficinas que realizamos seguem as demandas da própria comunidade. Começamos com oficinas sobre o cultivo, e, a partir das conversas, vamos identificando outras necessidades. Hoje, por exemplo, voltada para a comercialização, nasceu justamente porque percebemos que eles estavam com essa dificuldade. E com certeza virão outras, seja para aprofundar a parte técnica do cultivo, seja para reforçar o processo de comercialização. A nossa intenção é estar sempre atentos para organizar oficinas que façam sentido para eles."

Maria Aparecida, coordenadora do projeto em Sergipe

Ana Paula, professora do Departamento de Agronomia da UFS e ministrante da oficina, elogiou o empenho das comunidades que já levaram suas ideias de estratégias de vendas para serem discutidas e aperfeiçoadas na oficina. "A atuação da universidade junto às comunidades tem como principal objetivo fortalecer as estratégias que elas já desenvolvem e apoiar a organização que elas vêm construindo. O nosso papel é agregar, somar aos saberes que elas já possuem, promovendo uma troca de conhecimentos para que esse fortalecimento aconteça de forma contínua, tanto na produção, que é fundamental, quanto na comercialização”, enfatiza. 

Ana Paula, professora do Departamento de Agronomia da UFS

Claudineide Alves, liderança do Acampamento Emília Maria, garante que a comunidade abraçou o projeto e vem se empenhando para crescer ainda mais nesse mercado, e toda ajuda da Prefeitura e UFS é bem-vinda. “Alguns dos nossos moradores já tinham o hábito de cultivar flores, então esse projeto se encaixou perfeitamente com a gente. Desde que o projeto, o primeiro fator foi o embelezamento à comunidade, e além disso a contribuição direta com cuidado da natureza e geração de renda para as famílias, a comunidade reconheceu esse potencial de venda, de trabalho, e investimentos no plantio, hoje já conseguimos observar o impacto positivo que vem causando, e com essas oficinas trazendo mais estratégias para nós, e realizando o trabalho coletivo com as outras comunidade, o projeto renderá ainda mais frutos”, finaliza a agricultora. 

Claudineide Alves, liderança do Acampamento Emília Maria

Fotos: Heitor Xavier 

Publicado por Érica Xavier
Fotos por Heitor Xavier
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