29/10/2025

São Cristóvão é destaque da Semana da Sergipanidade com programação especial para valorizar a tradição que deu origem à cultura do estado

Em comemoração ao Dia da Sergipanidade, celebrado no dia 24 de outubro, São Cristóvão integra a Semana da Sergipanidade, que acontece na Praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju. O evento é realizado Sistema Fecomércio-Sesc-Senac e pelo Conselho Empresarial de Turismo (Cetur), com o apoio da Prefeitura de Aracaju e apresentou, na última terça-feira (28), a Noite de São Cristóvão, que incluiu cortejo das Caceteiras de Mestre Rindú, show de Joba Alves, oficina de contação de história e turbantes com Elis Correia, assim como a comercialização das delícias e belezas produzidas na Cidade Mãe de Sergipe.

Caceteiras do Mestre Rindú

Com programação ativa das 15h às 22h até o dia 2 de novembro, o espaço reúne representantes de 15 municípios sergipanos, entre eles São Cristóvão, Laranjeiras, Estância, Propriá, Barra dos Coqueiros, Canindé de São Francisco, Divina Pastora e Aracaju. Segundo o prefeito Júlio Nascimento, que salienta a importância da participação do município no evento, celebrar a Sergipanidade é valorizar suas origens e reafirmar o orgulho de pertencer a um estado tão rico em cultura e tradição. 

Feira de artesanato dos municípios

“Como primeira capital e berço da cultura sergipana, São Cristóvão carrega a essência das manifestações que deram identidade a Sergipe. Estar presente em um evento como este é uma oportunidade de mostrar o que temos de melhor, nossos artistas, grupos culturais, saberes e fazeres, fortalecendo o turismo, gerando renda e ampliando a visibilidade da nossa cidade. Quando a cultura sancristovense é enaltecida, toda a cultura sergipana se engrandece”, afirmou o gestor.

Júlio Nascimento, prefeito de São Cristóvão

Márcio Rocha, chefe de Comunicação e Inteligência do Sistema Fecomércio, também ressaltou a história de São Cristóvão como eixo fundamental da Sergipanidade, por sua cultura secular e legado histórico, base de Sergipe. “Ter a participação e o apoio da Prefeitura, do prefeito Júlio Nascimento, do presidente do sistema  Fecomércio-SE, Marcos Andrade e de toda a equipe foi essencial para o sucesso dessa parceria. Já recebemos mais de 20 mil visitantes nos primeiros dias e esperamos chegar a 60 mil pessoas até o fim da programação. Temos certeza de que São Cristóvão trará um grande público para celebrar conosco, porque, sem São Cristóvão, não existe cultura em Sergipe”.

Márcio Rocha, chefe de Comunicação e Inteligência do Sistema Fecomércio

Fomento ao turismo e geração de renda

Assim como São Cristóvão, cada cidade expõe elementos essenciais de sua tradição, evidenciando a diversidade cultural do estado. Berço da cultura sergipana, a Cidade Mãe apresenta ao público uma mostra de artesanato e gastronomia local, com bricelets, queijadas, bordados, crochês, biojoias e outras expressões típicas da cidade. Na barraca destinada ao município, esses produtos à mostra são produzidos pela Casa dos Saberes e Fazeres e Casa da Costura Dona Zil, assim como da Associação Mãos que Pensam de artesãs, da Casa da Queijada e da Casa dos Bricelets. 

Na praça, o público também pode encontrar uma feira gastronômica promovida pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seccional Sergipe (Abrasel-SE), com diversos restaurantes representando os municípios. De São Cristóvão, o restaurante presente é a pizzaria Ivorá, que disponibilizou como pratos regionais uma pizza de carne do sol com queijo coalho e banana da terra e, para sobremesa, um delicioso sorvete de tapioca com bricelet.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Josenito Oliveira, evidenciou o evento como uma verdadeira vitrine, onde os empreendedores e artesãos sancristovenses podem mostrar seus trabalhos, trocar experiências com profissionais de outras cidades e chamar atenção para o que São Cristóvão tem de melhor. “Para além desse momento de celebração da nossa identidade, temos buscado fortalecer o turismo local de forma contínua. Todo o nosso planejamento é voltado para atrair visitantes e turistas, aumentando o fluxo para a cidade. Queremos que as pessoas conheçam e valorizem nossas belezas arquitetônicas, nossa arte e cultura, e, com isso, estimular a geração de emprego e renda para os sancristovenses”, reforçou.

Josenito Oliveira, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho

Para Mestre Acácia, líder das Caceteiras do Mestre Rindú, levar sua tradição a outros locais e ter esse intercâmbio cultural é fundamental para manter as manifestações vivas entre gerações e agregar públicos cada vez maiores e mais diversos. “A gente já brincou bastante nesses dias de celebração. Foram sete apresentações até agora, e é muito importante ter esse espaço de visibilidade, para mostrar e espalhar a nossa cultura popular, aquilo que a gente vive e valoriza desde que nasceu. Brincar é a forma que encontramos de manter viva a nossa tradição e compartilhar com todo mundo a alegria dessa cultura”, declarou a caceteira.

Mestre Acácia, líder das Caceteiras do Mestre Rindú

Vendendo sua arte na barraca destinada aos produtos sancristovenses, Iraildes Alves, integrante da Associação Mãos que Pensam, alegrou-se com a oportunidade de divulgação e fomento de renda extra, pontuando que iniciativas como essa não só geram renda no momento, mas abrem espaço para que o público conheça os produtos e façam encomendas no futuro. “Aqui estamos expondo diversas tipologias artesanais, como almofadas, chaveiros em formato de peixe e caranguejo, que representam elementos marcantes da nossa cidade, além das tradicionais queijadinhas de São Cristóvão, símbolo da nossa identidade”.

Iraildes Alves, artesã da Associação Mãos que Pensam

Mário Lopez e Thayná Bispo, migrantes de Minas Gerais e Paraná que hoje moram em Aracaju, gostaram muito de entrar em contato com os elementos culturais que não conheciam e ainda aproveitaram para levar para casa a tradicional queijadinha, patrimônio cultural imaterial de Sergipe. “Me surpreendi bastante, tem muita história que a gente acaba não percebendo”, disse Mário, enquanto Thayná completou: “Eu achei bem interessante, porque é tudo trabalho manual. Às vezes a gente acaba nem notando os detalhes no dia a dia. Mas é tudo muito bonito e gostei bastante de conhecer”.

Mário Lopez e Thayná Bispo

A noite terminou com os sucessos de Joba Alves, que animou a praça com clássicos e contemporâneos do forró. Além das prefeituras, a Semana da Sergipanidade também conta com o apoio do Governo do Estado de Sergipe, Ministério da Cultura, Abrasel, Energisa, Funcap, Eneva e Banco do Nordeste, e ainda contemplará mais apresentações musicais, espetáculos infantis, danças, cortejos populares, atividades gastronômicas e oficinas de artesanato até o final da semana.

Apresentação de Joba Alves/ Foto - Márcio Ramos

Fotos: Dani Santos

Publicado por Clara Dias
Fotos por Dani Santos
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