O Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) vem mostrando nas suas 40 edições ser uma festa que vai além da valorização da cultura, história e turismo. O evento representa um motor fundamental para a economia local, gerando oportunidades de renda, capital de giro e grande movimentação do comércio na cidade, seja no setor varejista, gastronômico, artesanal, entre tantos outros que recebem fortes demandas neste período antecessor aos dias oficiais da festa. 

Os impactos positivos do evento já podem ser sentidos antes da realização da programação do festival. A fase pré-fasc anima os comerciantes e empreendedores com altas demandas em seus produtos e serviços. Com o aumento de procura e pedidos, a expectativa é de que o fluxo de visitantes aqueça desde o setor de alimentação e hospedagem até o vestuário, calçados, artesanato, refletindo diretamente no aumento das vendas. 

O período que antecede o festival, é a fase de preparação, organização e de maior aproveitamento para os comerciantes. Mário Barros, gerente da loja Nadielle, afirma que há um aumento significativo no fluxo de pessoas circulando pelo comércio local, o que estimula novas compras e fortalece a economia da cidade. “A população local se movimenta bastante na procura por novos produtos pensando no Fasc, é uma fase de cuidarem de si, se arrumarem, comprar peças novas, para receber a festa da melhor forma e com autoestima lá em cima”. 

Mário confirma ser um período que gira expressivamente o desenvolvimento econômico da cidade, e para além do significado cultural que o evento carrega, o dinamismo causado nos negócios locais é de fundamental importância. “É um crescimento coletivo, nós do comércio ganhamos muito, a cidade, o povo, é um momento realmente muito esperado justamente por isso”, complementa. 

Já Geo Correia, do Restaurante Casa da Mulher, aborda sobre a geração de emprego e o trabalho social fortalecido durante o festival. O projeto Casa da Mulher foi iniciado há dois anos e surgiu a partir de uma iniciativa social “Mulheres ajudando Mulheres”, o qual atendia mais de 250 meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. O espaço oferece acompanhamento psicológico e distribuição de absorventes, e expandiram para um restaurante, pensado para ajudar na manutenção dessas ações, especialmente no atendimento ao público feminino. 

O restaurante está em um novo endereço, próximo a Praça da Bandeira, um dos espaços com extensa programação no festival, ou seja, um local de grande fluxo de pessoas. “O Fasc é grandioso e importante para economia local, pois movimenta todos os setores da cidade. Para esta edição, ainda mais perto do povo, estamos preparando oferecer café da manhã, almoço e jantar, com um cardápio especial que inclui o camarão chiclete, que foi destaque do Festival do Camarão, moranga de camarão e de charque, entre outras opções com frutos do mar que são forte da casa”, destaca.

Para ela, a fase pré-fasc é o momento de organização, pois o Fasc exige mais atenção, mais pessoas trabalhando, além de ser uma oportunidade de visibilidade. “É uma forma de mostrar nosso trabalho e nossa gastronomia, que é rica, única e especial”, partilha Geo. 

Para o prefeito da cidade, Júlio Nascimento, o Fasc é um reflexo do trabalho conjunto entre o poder público, comerciantes e comunidade. “O Festival de Artes de São Cristóvão é um orgulho para todos nós, não apenas por celebrar a nossa cultura, história e identidade, mas também por representar um momento de grande movimentação econômica para o município. A cada edição, vemos o quanto o evento fortalece o comércio local, gera emprego, renda e oportunidades para os nossos empreendedores”, enfatiza. 

O Fasc

Criado na década de 1970, o Festival de Artes de São Cristóvão se consolidou como um dos mais importantes eventos culturais do Nordeste, reunindo artistas locais e nacionais em múltiplas linguagens artísticas, apresentadas em 11 espaços espalhados pela cidade. Após uma pausa em 2005, o festival foi retomado em 2017, resgatando sua proposta original e reafirmando o papel de São Cristóvão como um dos grandes polos da cultura brasileira. 

Com programação distribuída entre o Centro Histórico e diversos bairros, o Fasc oferece ao público uma imersão em música, teatro, dança, literatura, artes visuais, cinema e outras expressões, celebrando a diversidade e a identidade da quarta cidade mais antiga do país. Neste ano, o festival celebra a sua 40ª edição, tornando-se a maior e mais completa já realizada.

O Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) é apresentado pelo Ministério da Cultura, com realização da Prefeitura de São Cristóvão, por intermédio da Fundação Municipal do Patrimônio e da Cultura João Bebe Água (Fumpac) e do Encontro Sancristovense de Cultura Popular e Outras Artes (ESCOA);  Governo do Estado de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e Governo do Brasil.  O Festival conta ainda com patrocínio da CELI, Banco do Nordeste, Iguá Sergipe, Ecoparque Sergipe e CAIXA. O apoio fica por conta da SE – Sistema Engenharia, Colortex Tintas, Unir Locações e Serviços e Vitória Transportes.*Foto capa: Dani Santos